Descemos o morro dos piu-pius e vixe, como estávamos com fome! Era quase uma da tarde e nosso tuk-tuk driver nos disse q conhecia um restaurante bom ali perto, no caminho de volta para a cidade. Topamos na hora. Chegando no lugar, caímos na risada: é o que os chineses chamariam de um "restaurante de branco". Um lugar que vende comida local 'amenizada' para o paladar dos turistas. Só tinha europeus lá dentro n hora que chegamos. Mas buenas, o Turn disse q a comida era boa, e a gente não estava muito em condição de escolher.
Eu peguei um Curry (ohhhh, jura?) de carne e o Clinton pegou um Curry de peixe servido no coco verde. Ambos muito gostosos, mas provavelmente bem menos picantes do que o que seria normal. Os garçons ficaram surpresos quando agradecemos em Khmer (você junta as mãozinha como se estivesse rezando e diz "Ah-cum").
De lá, fomos para a região de Angkor Thom, um complexo que um dia foi uma cidade inteira, com palácio, casas, templos, piscinas, bibliotecas e outros prédios. O lugar é todo murado e tem 9km de lado, e o nome é bem apropriado - significa "Grande Cidade". Foi realmente uma das maiores cidades construídas durante toda a história dos Khmer.
Começamos andando por uma plataforma chamada "Terraço do Rei Leproso". É como se fosse um palco gigante, bem alto e largo, de onde os nobres podiam assistir a movimentação da cidade. O nome esquisito vem do fato que, quando o lugar foi encontrado pelos franceses, havia uma estátua muito gasta no centro, com vários membros faltando. Acredita-se que era na verdade uma estátua de Yama, deus do mundo inferior.
A suspeita meio que se confirma quando você desce uma escadinha e começa a andar 'dentro' do palco (no chão, atrás da parede frontal, num corredorzinho muito estreito entre ela e a parte principal do palco). As paredes do tal corredorzinho são COMPLETAMENTE entalhadas com um bazilhão de imagens de guerreiros, devatas e nagas (cobras de várias cabeças). E não é curto não, vai bem uns 50 metros de corredor e esquinas. Como esse corredor estava cheio de terra por séculos, demoraram a achar esse 'submundo secreto', e as estátuas estão bem preservadas.
Tudo isso ficou enterrado por séculos.
Saíndo do corredor do Submundo, fomos ao terraço seguinte, o Terraço dos Elefantes. No topo desse 'palco', que é ENORME (uns 100 metros), ficava um dos palácios reais. Não fica mais porque o palácio era feio de madeira, e com o tempo, apodreceu e caiu. Só os deuses mereciam casa de pedra, nem o rei tinha uma! Mas o terraço ainda está lá, e tem elefantes entalhados em toda a lateral. Daí o nome óbvio. Era de onde o rei assistia desfiles e conferia se tudo na cidade funcionava direitinho.
Olha como ele é bonitinho!
Andando em direção à floresta atrás dos terraços, você encontra duas contruções enormes (além do bosque lindo): Phimeanakas, que continha aposentos reais e as piscinas do rei, e Bapuon, um templo-montanha.
De quebra ainda acha uns monginhos super-simpáticos
Phimeanakas é alto pra chuchu, e lá de cima você vê duas grandes piscinas à esquerda do templo. Um molequinho que pedia doações pra escola de inglês dele (após me dizer, como quase todos os vendedores, que "Austrália Capital Camberra Coala Canguru"), me contou que uma das piscinas era para o rei, a outra era para as 250 concubinas dele. Eu olhei pra água e deu um nojinho. 250 pessoas numa piscina sem filtro, por mais q fosse grande, é meio Piscinão de Ramos, né?
Haja escada. O rei devia ter umas pernas bem torneadas, nossa!
Bapuon também é muito, MUITO alto. O templo não está em boas condições, mas ainda é possível ver alguns entalhes, até de coiss bem delicadinhas como flores de lótus. Mas a altura impressiona. E não, não existia corrimão naquele lugar.
Vejam só o tamanho das pessoinhas láááá embaixo.
Por causa do tamanho, Bapuon era conhecido como "A Torre de Bronze". O que também implicava que havia algo mais imponente na região, relacionada ao metal mais precioso: A Torre de Ouro. E é pra lá que iríamos em seguida.