25.4.11

As Aventuras da Pá no meio do mato, parte 3 - Espada justiceira, dê-me a visão além do alcance!

Acordamos cedo DE NOVO pra pegar a minivan que iria nos levar ao Buraco das Araras. Fomos tomar café, dessa vez com a Jordana e o Namorado (ela chamava ele assim, não descobrimos o nome de verdade), pois eles iriam também. Bolo, suco, lá vamos nós!

Um guia, chamado André, nos acompanhou o dia todo. O tal buraco das Araras é um buraco mesmo: acreditam que havia uma caverna no terreno, que desmoronou e virou um buracão. Nas várias fissuras das paredes, as araras fazem ninhos.

É um lugar não muito grande, com dois mirantes, e um laguinho láááááá no fundo onde moram dois jacarés. Mas tem MUITAS araras e tucanos, passando pertinho. Lindo! Batemos várias fotos e voltamos pra van pra ir pra atração prncipal do dia: o Rio da Prata.

Primeiro, a gente estuda um mapa, depois coloca as roupas de neoprene da Mormai. Caminha uma meia hora pelo meio do mato e chega numa 'piscininha' numa parte calma do rio, onde todo mundo treina nadar com o snorkel. Só então a gente começa a descer o rio de verdade - munidos de câmeras subaquáticas alugadas no hostel.

O Rio da Prata é famoso pela água transparente. Estupidamente transparente. Quando você entra na água de máscara pela primeira vez, é meio chocante... Parece que enxergar embaixo d'água é mais fácil do que fora dela. E muitos, muitos peixes ao seu redor. Dourados, pacus, é lindo. Nunca vi algo desse tipo.



Ficamos nadando por cerca de duas horas. Tem mais um trechinho de caminhada no mato, depois volta pro rio. Eu era uma das primeiras da 'fila' da natação, e na última curva eu e a Jordana (q era a primeira) demos de cara com um peixe gigante nos encarando. Que susto! E o rio nos empurrava pra frente e o peixe não saía de lá! Começamos a nadar pra trás com toda a força, mas o guia precisou nos segurar pra não atropelarmos o tal peixão.

No fim, todo mundo tira a roupa de neoprene e pode nadar perto de uma cachoeirinha pra relaxar as pernas. Então pegamos um carrinho e voltamos para a sede da estância, onde um almoção de comida da fazenda nos esperava. Uma delícia!

Pegamos a van pra voltar pro hostel, onde chegamos em torno de umas 16h. Tomamos um banho e uma soneca, e depois resolvemos visitar o Projeto Jiboia, que era pertinho do hostel. Chegando lá, o Clinton sentiu algo bater nas costas dele, e uma moça começou a gritar: "ai meu deus, ai meu deus! Nas costas dele!". Era uma lagartixa! :D A danada não queria descer de jeito nenhum, acho que ela sabia que estaria mais segura lá do que solta num criadouro de cobras...

O Projeto Jiboia é uma organização criada por um estudioso de cobras pra ensinar as pessoas como lidar com cobras e evitar problemas. Uma moça que esqueci o nome deu a palestra, muito engraçada, e depois a gente podia brincar com uma das jiboias domesticadas que eles tinham lá. Coloquei ela no colo e, querem saber? É um bichinho gostoso, não é gelado nem melequento. Parece um courinho, tipo uma bolsa. Achei legal.

Depois fomos caminhando até o Taboa pra jantar. O Clinton amou mandioca frita, então fomos lá pra pedir outra porção. Dessa vez, com picanha - uma delícia. A Jordana e o Namorado passaram por lá também, e nos falaram de uma lojinha no fim da rua com várias bijuterias de capim dourado. Depois de comer, passamos lá, compramos um brinco pra mim e uma pulseira pra dar de presente.

Na caminhada de volta para o hotel, um cachorro começou a nos seguir. A gente parava, ele parava também. Andávamos, ele seguia. Aí, às vezes virávamos de repente, ele parava, rodava, fingia que não era com ele... e voltava a nos seguir. Mas na esquina do hostel ele desistiu.

Entramos, pensando o que faríamos se ele resolvesse entrar, e fomos dormir. Porque, pra variar, o outro dia começaria cedo.

22.4.11

As aventuras da Pá no meio do mato - Parte 2: Bom dia, Gollum!

No outro dia, levantamos bem cedo (6h30) pra tomar café e ir para o Abismo. Comemos Pão com mortadela e queijo, um bolinho e um suco. O suco era de pozinho, bem sem graça, mas buenas :P

O táxi do motorista Éldson, ou Ildson, ou algo assim, nos levou até até a entrada do abismo. Tinha mais um rapaz pra descer conosco. E ele não tava muito empolgado. Perguntei por que, e ele me levou por uma plataforma até uma área onde dava pra ver a entrada do buraco. Eu entendi de onde vinha a preocupação dele.

O abismo Anhumas é um buraco de 75 metros de profundidade que termina num lago subterrâneo. O único jeito de entrar é com rapel - pra sair, tbm. Mas enfim, colocamos os equipamentos de segurança e fomos. Descer em dupla é mais seguro, porque se um cair, fica pendurado no outro. O outro leva um belo tranco, mas pelo menos ambos sobrevivem

Desci com o Clinton e o Leonardo desceu com o guia. Lá dentro é meio escuro, só entram os raios de sol pela boca do buraco. Mas dá pra ver as estalactites e o lago lá embaixo... muito surreal. Na hora, aquela escuridão, o barulho da água pingando e aquelas formas esquisitas embaixo d'água me fizeram pensar na caverna do Gollum, onde o Bilbo acha o anel. Não ia me admirar se na hora que eu chegasse perto do lago ele agarrasse meu pé :P


Ó a gente nas cordas de subida e descida!

Descemos em uns 15 minutos, aí demos uma volta com o guia André de barco, pra conhecer a caverna. As estalactites e os cones subterrâneos são fantásticos. E depois, colocamos as roupas de neoprene pra nadar no lago. GELADO, MUITO MUITO MUITO GELADO. Admito que pensei em desistir, de tão frio, mas sabia q não era por muito tempo. E o fundo do lago é muito de outro planeta, valeu muito nadar e explorar com as lanternas.

Saímos da água, comemos um pão que trouxemos do hostel, trocamos de roupa no incrível banheiro com 'azuleijos de 30 mil anos' (vulgo cortininha na frente da pedra) e começamos a subir. Eu tava tão gelada q subi super devagar, levei uns 40 minutos :P Mas poucas vezes voltar pro sol foi TÃO gostoso.

Voltamos no táxi do Weldenson ou algo assim pro hostel e perguntamos se tinha algum passeio que poderíamos fazer de tarde. Como viram que éramos dois empolgados, sugeriram alugar bicicletas e ir até o Balneário, a 7km da cidade. Aproveitei pra agendar passeios pros dias seguintes, também. Alugamos duas bikes (R$ 10 pelo dia todo) e saímos pedalando pela rua principal de Bonito.

Fizemos uma parada estratégica na Casa do João, onde comemos uma traíra sem espinha. Delícia! Recomendado a quem for lá! E tivemos força pra continuar pedalando até o Balneário.

Lugar tranquilo, é meio que um parque com um rio onde as pessoas podem nadar. O rio é CHEIO de peixes, eles chegam super perto, pra ver se seu pé não é minhoca. Andamos um tempo lá, tomamos um guaraná gelado, molhamos os pezinhos, seguramos vela pro canadense do hostel que tava lá no maior climão com a inglesa, descansamos da pedalada... e voltamos a pedalar pra voltar antes que escurecesse - pq a estrada não tinha iluminação. E pegamos a maior chuva no caminho.

Deixamos as bikes no hostel e tomamos um super banho pra desencracar. Perguntamos onde rolava jantar, e nos indicaram o Taboa, um bar famoso pela cachaça. Fomos andando e, chegando lá, pedimos uma caipirinha. Cachaça pura não rola, né?

Pois AINDA bem q pedimos só uma caipirinha, e não o treco puro. Eu acho que usaram a tal Taboa pra lançar a Challenger, no mês passado. Forte pra caramba! Mas muito gostoso, pq é feito com cana de açúcar, mel e canela. Vale a pena provar (O ministério da saúde adverte: aprecie com moderação). Comemos carne de sol com mandioca frita e voltamos papeando a pé pro hostel.

Chegamos e capotamos. Muito capotados.

17.4.11

As aventuras da Pá no meio do mato, parte 1: falta muito, Papai Smurf?

Como comentei antes, esse mês passei uns dias no meio do mato. O Clinton veio ao Brasil de novo, então queria mostrar a ele mais um pedacinho do País. Mas claro que quis aproveitar para conhecer algum lugar novo também. Afinal, minha meta de vida é espalhar o máximo de bandeirinhas da Pá pelo mapa-múndi, e dentro do Brasil ainda tem muito lugar que não conheço.

Após alguma pesquisa, descobri que Bonito, no Mato Grosso do Sul, seria uma boa opção. Passagens muito baratas, hostel barato e bem recomendado (ADORO minha carteirinha da hostelling international). Só os passeios que seriam caros, porque lá é tudo área de preservação controlada, mas tudo bem. Melhor gastar no passeio do que em avião, né?

Só que chegar lá pros lados do Pantanal não é tão fácil. Nossa saga começou às 4h30 da manhã, porque tínhamos de pegar um avião em Guarulhos às 7h. Quem mora em SP sabe quão fora de mão é o aeroporto de Guarulhos... Não tinha trânsito nenhum, então levamos 'só' uma hora até o aeroporto.

Fizemos check-in e, em 50 minutos, chegamos ao primeiro destino: Curitiba. Tomamos um café com pão de queijo pra encarar o frio gélido da capital paranaense às 8h da manhã enquanto esperávamos a conexão pra Campo Grande, às 9h30. Foi mais uma hora e meia de voo. Da janela, só se vi campo mesmo. E pelo relógio do aeroporto da capital do MS, chegamos lá às 10h da manhã - eles estão em outro fuso.

Nossa van para Bonito sairia às 13h. Até pensamos em passear pela cidade, mas com a mala seria muito chato. Demos uma enrolada e às 11h e pouco almoçamos no restaurante do aeroporto mesmo, uma comidinha caseira bem simples mas gostosa.

E às 13h (hora local, 14h pelo horário de Brasília), começou a viagem para Bonito. Pegamos dois lugares na van e fomos olhando pela janela um tempão. Depois de duas horas de estrada sem passar por NENHUMA cidade, paramos em um posto de gasolina onde tomamos um Mate Leão.

Eu fui pescando durante as duas horas seguintes de estrada. O Clinton tirou um cochilo. Às 17h, quando eu achei que não existia mais nada no mundo além de viagens infindáveis, chegamos finalmente ao hostel em Bonito: uma casa de tijolinho com piscina e bananeiras. Nos mostraram nosso quarto, BEM grande, bem arejado, com cama, beliche, banheiro, ar condicionado e ventilador. Largamos nossas coisas e fomos à recepção pra ver que passeios poderíamos fazer no dia seguinte. Se fôssemos descansar, ninguém mais levantava da cama :P

Aí descobrimos que no dia seguinte tinha como explorar o Abismo Anhumas, que era um passeio que eu queria MUITO fazer. Só que a condição era correr AGORA para o treinamento - eles não deixam ninguém descer lá no buraco sem treinar. Colocamos roupa de ginástica, tomamos um táxi (todos os táxis em Bonito custam R$ 10, pra qualquer lugar) e fomos.

Lá no local de treinamento, o lance era vestir todos os esquipamentos de rapel e subir e descer até uma plataforma no teto umas 3 vezes. Pra ter certeza q a pessoa ia saber operar os ganchos, não ia ter tontura, vertigem, essas coisas. Tiramos de letra, foi facinho. Aliás, adorei o esquema de descer e subir do rapel, nunca tinha feito antes. Assinamos um termo de segurança e fomos jantar num restaurante numa rua ali perto.

Comemos um dourado com molho de urucum (VERMEEELHOOOOO) e suco de cupuaçu. Já tinha dado pra sentir que a comida seria bem diferente de tudo o que estávamos acostumados, mas era uma delícia. E depois voltamos caminhando pro hostel. Era umas 22h, estávamos moídos. Tudo que eu queria era um banho.

Mas não, não podia ser tão fácil. Entrei no chuveiro e tive a impressão de ver uma piscada de luz laranja no teto. Não entendi o que era, mas fiquei com medo que fosse o chuveiro, então desliguei. Chamei o Clinton, perguntei se ele tinha visto algo piscando... e BUUUMMMMMM!!!! Desligado, o chuveiro brilhou mais que uma supernova, fez um barulho de POW e depois apagou.

Caímos na risada. A gente só queria tomar banho e dormir, mas o chuveiro EXPLODIU. Fomos até a recepção, mas aí vc chega pro cara e diz 'meu chuveiro explodiu' e ele não te olha com a cara mais normal do mundo. Ele foi até o quarto, olhou o chuveiro e disse 'parece normal'. Eu respondi 'Pode até parecer, mas eu não ligaria ele neeeeem se fosse bem paga pra isso.'

Aí o cara nem discutiu. Trocou a gente de quarto pra um que tinha chuveiro a gás e buenas. Aí FINALMENTE, quase meia noite, pudemos tomar banho e dormir (capotar, na real). E o dia seguinte prometia ser BEM puxado.

13.4.11

Só pra registrar
Consegui terminar a reforma do quartinho. O piso ficou com uma cor meio diferentosa, mas com uma cama e um tapete em cima nem se nota :P
As paredes, por oiutro lado, ficaram uma belezura ^^

Fiquei um tempão sem postar porque passei uma semana no meio do mato, acho que depois vou detalhar aqui no blog. Mas foi bom - 5 dias sem internet nem televisão relaaaaaaxammm =^.^=

12.4.11

Morram de inveja, reles mortais!

A imagem abaixo mostra um presentinho massa que ganhei de uma pessoa massa. Só por ser um guia completo com tudo sobre o Indiana Jones, já é sensacional.
Mas quando tem DOIS autógrafos incríveis, com deicatória pra mim... Só tenho a dizer: morram de inveja!



Na esquerda, a assinatura da Karen Allen, que faz a Marion Ravenwood na Arca perdida e no Caveira de Cristal. Na direita, a assinatura do John Rhys-Davies, que faz o Sallah na Arca Perdida e na Última Cruzada (só que ele ficou mais famoso por outro papel... Gimli, dos Senhor dos Anéis).
Ai, que lindo! =^.^=