O cheiro de queimado se explica porque a maioria das pessoas queima o lixo. Não tem coleta, então você faz uma montanha de lixo no seu quintal e queima. Simples assim. TODO MUNDO faz isso, todo dia. Aí a poeirada e o cheiro são inevitáveis, né?
Mas enfim, um vez limpinha, coloquei minha blusa de oncinha e uma calça jeans pescador (sentiu a chiqueza da produção, né?) e pegamos o tuk-tuk pra ir jantar em um restaurante buffet q tinha Dança das Apsaras.
Já falei um monte de vezes que os templos todos têm imagens das ninfas dançantes. Pois a tal dança delas existe até hoje, e várias meninas aprendem. Você dança com uns chapéus enormes, que representam as montanhas dos deuses, e cada movimento é milimétrico. Assim como o Budismo fala muito de controle, de evitar o desperdício de energia, essa dança também é assim. Cada mexidinha de mão, cda passinho, é feito do jeito mais delicado possível. É bem lento, quase parado, mas é bonito.
O buffet do jantar não foi lá grandes coisas pra mim. Tinha curry (óbvio), alguns sushis e vários pratos chineses, pois esse é o principal público do Camboja hoje em dia. Comi um ou outro bolinho, mas praticamente minha alimentação hoje foi totalmente composta por curries. Eu gosto, mas se passar mais um dia assim vou precisar de uma Eparema :P
As danças, por outro ldo, foram muito bonitas. Além de duas danças das Apsaras, teve uma 'Dança dos pescadores' e a 'Dança do Coco'. Como no Camboja homens e mulheres nunca se encostam, a não ser que sejam casados, a dança é uma das poucas oportunidades de interagir mais de perto com o sexo oposto. É bem esquisito. Por exemplo, nosso motorista, o Trun, um dia ficou muito contente com a gorgeta e deu um abraço no Clinton. E me deu um aperto de mão. Se eu fosse falar com os monges, eles ficavam olhando pra baixo. E se eu precisasse entregar algum objeto pra eles, tinha de colocar numa mesa, numa mureta ou em algum lugar, e o monge pegava o objeto dali, nunca da minha mão.
Depois de ver as danças e tals eu concluí que as Apsaras são as ninfas mais divas do mundo. Que fadinha translúcida que nada, nem energiazinha da natureza, naahh, o lance é ser ninfa-mega-diva dançante cheia dos acessórios poderosos. Curti.
Depois do show o Trun perguntou se a gente queria ir para o Night Market ou a Pub Street. Eu e o Clinton caímos na gargalhada e pedimos pra voltar pro hotel. Estávamos quebrados demais, e o colchão gigante e 'tauba' do hotel era tudo o que eu queria!
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