16.2.15

Pá no Camboja, parte 11 - Profusão templária

Nosso terceiro dia em Siem Reap começou cedo, porque ainda queríamos ver vários templos, mas nosso avião de retorno saía de tarde. Por essa razão, vimos tanta coisa no primeiro dia (os pontos principais), no segundo fomos ver o templo mais distante (caso desse problema com o tuk-tuk, dava tempo de voltar) e no terceiro dia, faríamos o que desse dos templos menores.

Era feriado de Austrália Day nesse dia, e o hostel tem um gerente australiano. Pra comemorar, tinha Vegemite no café da manhã. Pra quem não conhece, Vegemite é uma pasta preta de passar no pão típica da Austrália. É salgada, feita com o resto dos ingredientes usados na produção de cerveja. Eu acho gostoso, mas há quem odeie.

Nosso passeio começou pelo templo de Prea Kahn, construído no lutar onde os Khmer venceram os Cham em alguma guerra antiga. O lugar virou uma universidade, com quase 100 mil pessoas circulando - entre alunos, professores, funcionários e dançarinas. A ponte que cruza uma lagoa para entrar no templo é ladeada por guerreiros segurando uma Naga gigante.

-Não deixa ela escapar!

Depois seguimos para Ta Som, que é muito perto e muito parecido com Ta Prohm, o templo da Tomb Raider. É parecido porque também foi tomado pela vegetação e do nada aparecem árvores crescendo no meio das pedras. Algumas até servem de moldura para portais e janelas.

-Eu quero crescer aqui, nesse telhado.

O terceiro templo do dia foi o menorzinho e mais esquisito de todos. Eu o apelidei de "Templo da Dengue", porque ele fica depois de uma ponte que atravessa tipo um manguezal, com uma área de água parada gigantesca. E quando você chega lá dentro, tem mais água parada!

Neak Pean (que significa "cobras entremeadas") foi construído para ser a representação do lago Anavatapta, que fica nos Himalais, perto da morada dos deuses. Diz a lenda que suas águas curam todas as doenças, então o templo era usado como clínica para tratamento de doenças. São quatro lagoinhas artificiais em torno de uma lagoa maior, com um templinho redondo no centro. Cada ponto cardeal é protegido pela imagem de um deus. E no topo do templinho tem a escultura de um NENÚFAR. Os caras são tão bons em escultura que conseguem fazer um flor de pedra.

O nome do templo vem de duas cobras esculpidas bem na base do templinho.

O próximo templo era mais tradicional. East Mabon, conhecido como templo dos elefantes, tem (adivinha!) estátuas de elefantes em todos os cantos, além de várias imagens do Deus Indra cavalgando (ou seria elefangando?) o elefante sagrado Airavata. Parece um templo-montanha, mas não é. Ele foi constru~ido pra ser um reservatório de água, mas como a ´gua não está mais lá, parece q as torres são ainda mais altas.

- Basta saltar essa mureta e eu chego lá!

Pra finalizar a manhã, visitamos outro templo bastante famoso, o Pre Rup. Esse é conhecido por ser um lugar lindo pra ver o por-do-sol. Dizem que fica tudo laranja. Isso não vimos, porque estávamos lá 'a 1 da tarde :P Mas era mesmo muito bonito. Nas torres do alto, os templos dedicados a deusas são guardados por apsaras, enquanto os dedicados a deuses tem guerreiros. Cada um no seu quadrado.

Já comentei da quantidade de escadas, né?

Imagina isso ao por-do-sol, como deve ser lindo!
Despois do passeio, voltamos ao hostel e fomos comer nos restaurantes atrás do Hard Rock Café. Era hora de empacotar tudo, especialmente a m´quina fotográfica, e se preparar pra voltar pra casa.

Nenhum comentário: