11.2.15

Pá no Camboja, parte 10 - De onde veio toda essa gente?

Após a visita a Beng Mealea, que foi bem longa (eu me enfiei em cada buraco... por sorte meu senso de direção é bom), o Trun deu aquela paradinha básica no restaurante "de branco" pra gente comer. Apesar de ser claramente voltado pra turistas, esse já era mais "true", ou mais "roots", como diz minha chefe. Tinha cachorro passeando no restaurante, foto do filho do dono na parede, chão de terra batida, essas coisas. Comemos curry.

A viagem de volta correu sem grandes emoções. O Trun nos contou um pouco sobre o Khmer Rouge, explicou que as pessoas constroem as casas mais altas (tipo palafitas sem água) porque "morar no alto é chique, morar no chão é pobre", e contou que tinha um filhinho. Não entendemos o que houve com a mãe da criança, mas o menino mora com ele. Eçe perguntou se queríamos dar um alô. Por que não, né?

A casa do Trun, que ficava atrás da rua cheia de resorts, foi a melhor casa que vimos no Camboja pertencente a uma 'pessoa normal' (não do governo). Tinha dois andares e chão de piso. Tinha um quarto também, separado da sala - algo muito raro por lá. Na sala tinha um sofá, uma mesinha de centro baixinha e um guarda-louças. Tinha um ventilador pendurado no meio do teto. Não tinha mesa de jantar ou cadeiras. O filhinho dele, muito fofo, nos cumprimentou dizendo 'Hello'. Ele perguntou se queríamos "potato e coconã". Aceitamos, e a irmã dele apareceu com um prato de mandioca cozida e um coco verde pra gente tomar. Ele ficou muito surpreso quando eu disse q aquela 'potato' crescia no Brasil, e que fazíamos muitos pratos com ela. Ele concordou, e disse que era uma ótima 'potato'.

Antes que ele nos levasse de volta pro hotel, perguntei se podíamos entrar em Angkor Wat de novo. Eu queria subir numa das torres, e dar uma outra olhada geral no lugar. Ele topou, e lá fomos nós.

E aí, tinha a gente e toda a torcida do Corinthians E do Flamengo dentro do templo.

Foi o maior balde de água fria. Era tanta gente, mas TANTA gente, que não era possível andar direito, bater fotos ou apreciar as imagens nas paredes. Então, fica a dica: pra ir a Angkor Wat, tem de ser de manhã cedo! Não tentem entrar às 16h que é furadíssima! Pra não dizer que foi perda total, vimos uns macaquinhos simpáticos. Muito mais simpáticos q uns turistas que empurravam todo mundo e largavam garrafinha dágua no chão.

Nem davam bola pras pessoas. Bem faziam eles.

Ah, vai, até bati uma ou outra foto. Depois ds 17h começou a diminuir a quantidade de gente, mas o templo fecha às 17h30.

- É alto aqui, né, pessoal?

Na saída, compramos um guia que tinha explicações detalhadas de cada templo - estávamos muito curiosos com o significado de várias coisas que vimos. Depois fomos pra o hotel, tomamos banho, trocamos de roupa e fomos das uma volta no Mercado Noturno. Negociando bastante, compramos uns presentinhos. Eu queria um vestido, mas não achei nenhum no modelo certo. Fomos jantar no Rohatt Café, atrás do Hard Rock Siem Reap. MELHOR COMIDA!

Não comemos curry. Dessa vez, o prato foi uma berinjela refogada com carne de porco moída. Uma delícia, de raspar o prato! As bebidas também estavam ótimas: eu tomei um frapê de morango e o Clinton tomou um café gelado. Recomendo, fica fora da área da muvuca, é lindo e gostoso.

Invejem, porque tava bom à beça.

Depois, voltamos, caímos na cama e dormimos ouvindo um jogo de futebol da Copa da Asia. Viva o timer da tv!

Um comentário:

Celina Luiza disse...

Se a casa dele eh de dois pavimentos, e ele nao eh do governo, seus vizinhos devem considera-lo rico...
mas poxa, muito bom q ele consegue dar algumas condicoes pro filho! e aipim! tudo de boooom!!!=D
impressao minha ou vcs provaram todos os tipos de curry no Camboja? =D