Bar da Nina

Não, minha irmã não abriu um bar. É q hoje estava comendo um queijo quente e por alguma razão me veio a lembrança de um bar da UFSC que se chamava Bar da Nina. Ficava no CTC, perto do trabalho da minha mãe.

E lembrei do lugar não por causa da minha faculdade (não era um lugar que eu ia muito nos meus tempos de Básico). Lembrei porque minha mãe me levava lá pra comer queijo quente de vez em quando, quando eu tinha uns 7 anos, e eu achava o máximo. Era um sanduíche q a gente fazia direto em casa, mas comer no trabalho da minha mãe era TÃO legal! E no bar da Nina foi onde eu vi que a maioria das pessoas chama de 'queijo quente", e não de "queijo mole", que é como eu chamava :P Memória é uma coisa engraçada...

"O Exótico Hotel Marigold" ou "O grande saco de limões"

O Exótico Hotel Marigold foi um filme excelente a que assisti essa semana. Tem no elenco a Judi Dench (M do James Bond) e Maggie Smith (Prof. McGonagall do Harry Pottter), além de uma galera de outros excelentes atores veteranos - sim, porque o filme é sobre um grupo de velhinhos que resolve ir morar no tal Hotel Marigold, que fica na Índia.

Apesar de ser uma comédia, o filme traz algumas mensagens interessantes. Uma delas, por exemplo, é que o tal 'grupo de velhinhos' tem os mesmos problemas q qualquer 'grupo de novinhos'. Eles não reclamam da 'juventude de hoje', nem falam 'ah, no meu tempo era melhor'. Eles só querem que a internet funcione, que saia água quente da torneira, que a moça bonita do restaurante aceite um convite pra jantar. Tudo bem, se o joelho parar de doer ajuda também, mas não é o foco da história.

Cada um deles vai para o hotel Marygold por motivos diferentes - mais barato que morar nos EUA, tratamento num hospital indiano, relembrar a infância no exterior, etc, etc. Mas quando chegam lá, veem que o hotel não é assim tão bonito quanto estava na brochura ou no site. Na verdade, ele está bem caindo aos pedaços, sem porta, sem telefone e com uma autêntica (e quase insuportável) comida indiana.

A situação rende muitas piadas, claro. Mas o mais legal do filme não é rir dos problemas deles no hotel esculhambado. É ver o que cada um faz com o gigantesco 'saco de limões' que recebeu da vida. Alguns choram por estarem presos 'naquele fim de mundo' e não terem dinheiro pra voltar 'à civilização'. Outros tentam separar aquilo que eles suportam do que o que é insuportável. E há aqueles também que pegam os limões, fazem uma limonada e simplesmente param de rejeitar as diferenças para aprender algo bom nesse mundo diferente. Haja desapego.

No meio tempo há dramas românticos, cenas engraçadas, demonstrações de racismo velado ou descarado (aquele de gente que se acha educada, mas "prefere ser atendido por garçom branco que 'marrom' no restaurante" :P). Tudo misturado num maluquíssimo sotaque, muito barulho, cores e overdose de sentidos tão grande que você quase sente o cheiro do filme. A história se desenvolve bem, e o fim é meio água com açúcar, devo admitir. Mas se vc colocar água e açúcar nos limões, fica gostoso, não fica? =^.^=

Sessão da Tarde

Poxa, que filminho mais sessão da tarde esse Amazing Spider-Man, né? Não é ruim, mas também não tem nada que o destaque dos anteriores.

"Ah, mas é melhor que o Homem-Aranha 3", podem dizer. Mas isso também não é difícil, né? :P

Ainda bem que ontem me diverti horrores ao assistir aO Exótico Hotel Marigold. Levinho, mas excelente. Daqueles filmes que fazem você pensar na vida sem ser chato. Se der tempo (estou com dois trabalhos essa semana) escrevo sobre ele aqui. Mas está recomendadíssimo!

"Here it is, ma'am. Is that all for now?"

Perdi a conta de quantas vezes eu disse essas frases nos últimos dias. Consegui um 'casual job' em um restaurante chique que fica pertinho de casa. Semana passada fiz o teste e comecei a trabalhar como 'runner', a garçonete responsável por levar comida para as mesas. É divertido, falo com um monte de gente e estou aprendendo aos pouquinhos como funciona o esquema de trabalhar na Austrália.

O mais legal é que eu consigo trabalhar sem atrapalhar os estudos, pois só vou pro restaurante uns 3 dias por semana e nunca levo serviço pra casa. E trabalhar dá aquela sensação gostosa de se sentir útil, né? Eu gosto, pelo menos :P

Segundo, o salário é bem decente e vai cobrir legal minhas despesas com supermercado e livros pra universidade (as meninas que fazem tempo integral ganham mais que a maioria dos jornalistas no Brasil...). E vai me tirar o peso da consciência de comprar alguns produtinhos na Lush e na The Body Shop de vez em quando. Admito que já me peguei pensando 'quando o pagamento de hoje cair na conta, acho que vou comprar aquele hidratante pro cabelo'...

E terceiro, está divertido pra caramba! As outras meninas são bem legais, a clientela é legal, o povo da cozinha é um barato. E o serviço não é complicado. Claro que andar pelo restaurante como se eu fosse a Miss Brasil (porque não pode ter má-postura nem perder o sorriso!) carregando três pratos de sopa e um cesto de pães não é lá tarefa muito simples, mas é o mais complicado do serviço todo :P

Falando em sopa, eu consigo carregá-las sem muito problema. Nunca respinguei nada em ninguém. SÓ EM MIM MESMA, no dia que meu almoço foi sopa. Sentei pra comer no meu intervalo e, quando dou por mim, minha gravata tava lindamente mergulhada dentro da cumbuca. A besta aqui que nunca trabalhou de gravata ainda precisa acostumar com a mecânica da coisa :P

Ah, sim, além do almoço por contra da empresa, antes de começar o serviço pela manhã, eu tenho direito a um chocolate quente especial grátis (ou café/capuccino/mocha) todo dia. Não aqueles de máquina, mas preparado de verdade pela barista do restaurante. Bom, né?

Crá-crá-crá

Quando eu digo que tem um MONTE de cacatuas morando embaixo da minha janela, eu não tô brincando.

E o pior mesmo é quando voam todas ao mesmo tempo, fazendo aquele barulhão. Parece um aviso do fim do mundo :P

E olha que nas fotos nem dá pra ver as que estavam no alto das árvore e do prédio!

Neve? Cadê?

E todos os jornais tão dando aqui as imagens da neve caindo em Canberra. Apesar de ser muito frio, fazia trocentas décadas que não nevava na cidade. Claro que a primeira coisa que eu fiz foi correr pra colocar a cara na janela, né?

Posintão, aqui no meu bairro só caiu água. Nem um floquinho de neve. E como ficou frio para o pacas, isso só significa que daqui a pouco vou tirar picolé de pijama do varal, porque vai congelar tudo.

Como diria o Cebolinha, PINDALOLAS!

Eu vi o vestido da Ninaaaaaaaa

Ela vai ser a noiva mais linda o mundo! =^.^= Tá quase na hora da festa, êêêê!

Açúcar Frito

Fui na casa de uma colega indiana no fim de semana e passei um ótimo dia provando diversas iguarias da culinária indiana.

O prato principal foi um (previsível e delicioso) curry, mas a sobremesa foi algo maluco. Ela me ofereceu Jalebis - uma rosquinha de açúcar frito.

O jalebi é uma casquinha beeeeeeeeeeem fininha de farinha com iogurte, tão fininha q é transparente. Aí vc joga na frigideira bem quente usando um pote daqueles apertáveis de maionese, pra q caia no óleo em forma de fio e faça os desenhos. E quando tá frito, vc tira do óleo e joga dentro de uma panela de açúcar caramelado e deixa lá por uns 3 minutos, até que a 'coisa' fique caramelada por dentro e por fora.

O sabor é uma mistura de açúcar crocante com açúcar líquido e aquela sensação de fritura. Ao mesmo tempo q eu achei delicioso, vejo facilmente algumas pessoas tendo enxaqueca só de ler esse texto.

É bom, mas não dá pra comer muito - algumas pessoas, porque vão perder o fígado. Outras, pq por ser uma rosca de açúcar e óleo, é absurdamente calórico. Disse minha colega que ela nunca revela quantas calorias a receita tem porque senão ninguém come. Mas ela me aconselhou a fazer uma caminhada hoje.

Usando o 'célebro'

O Pitt tá com uma infecção da orelhinha, aí levei ele na veterinária. Ele vai ficar bom, mas precisa passar pomada todo dia, além de tomar remédio por uma semana.

Quem tem gato sabe o quanto é complicado passar pomada no bichano. Mas até aí, aproveitei a hora q ele tava cochilando pra empomadar o danado. O grande problema foi na hora de dar o comprimido.

Na primeira tentativa, voou gato prum lado e remédio pro outro. Na segunda, gato no chão, comprimido no teto e Pá com trocentas marcas de unha no braço. Na terceira, resolvi usar o célebro que deus me deu e tentar fazer algo menos burro q empurrar a baguinha goela abaixo do bicho.

Tirei um whiskas sachê do armário e sacudi na frente do Pitt. O gato entrou em frenesi. Coloquei no potinho de comida, cortei o remédio pequenininho, coloquei junto e salpiquei umas baguinhas da ração por cima, pra q ele achasse q todas as partes 'durinhas' fossem comida. BINGO.

Acho que o Pitt vai comer Whiskas sachê por uma semana :P

As limitações do COI

Quando os jogos olímpicos começaram, uma das primeiras coisas q fiz foi acessar o R7 e o Terra pra acompanhar os jogos do Brasil. Qual não foi minha decepção ao ver q só posso ler as notícias, mas não posso rodar nenhum dos vídeos!

A explicação é que o Comitê Olímpico Internacional vende os direitos de transmissão para determinadas empresas, e esses direitos só valem dentro do país de origem da empresa! Quando eu abro um vídeo brasileiro aqui, a mensagem que aparece é "você não está na área de exibição permitida pelo COI". No youtube, a mesma coisa: todos os vídeos com imagens das competições estão sendo retirados, porque pessoas físicas não têm 'direito de transmissão'. Tive um trabalhão pra achar uma reprise do salto sobre o cavalo da ginasta McKayla Marooney!

Essas restrições do COI me resumem a acessar as imagens autorizadas para as empresas australianas. INFELIZMENTE, a empresa q comprou até tá mostrando bastante coisa na tv, mas nada na internet. Aí, tá dureza, e dependo dos textos de notícias do Brasil pra saber o q acontece com os times canarinhos.

Mas anfã, mesmo assim, vai queé tua, Brasil! Não importa que não posso assistir, tô na torcida! =^.^=

"Brasil joga pra Garay!"

Essa foi a bem-humorada chamada que saiu em um jornal do Rio sobre o jogo contra as russas, no vôlei. Deve ter sido um jogão mesmo.

O triste é que aqui, só vejo jogo do Brasil quando é contra a Austrália, ou quando rola medalha de ouro - a luta da menina do judô e do ginasta das argolas eles mostraram. Tem um canal aqui que tá mostrando todos os ouros. Alguns com um certo atraso, mas mostra.

Mas tô torcendo MOOOOITO pelas seleções de vôlei, tanto de quadra quanto de praia! Vai, timeeeee!!!! =^___^=

PS: pra quem não pegou o trocadilho, Fernanda Garay é a capitã da seleção de vôlei do Brasil =^.^=

O Mistério do Lápis Toquinho

Queria saber se isso acontece com vocês, porque SEMPRE acontece comigo. Todo lápis de olho que eu compro gasta bem rápido no começo. Uso quase todo dia, então ele logo fica curtinho.

Porém, assim que ele chega no estágio 'cotoco', ele parece q se transforma no lápis infinito. Dura, dura, dura, dura... Ao ponto de eu ficar com vontade de comprar um lápi novo, e só não compro pq o cotoco ainda está lá, firme e forte.

Isso é normal?

Pra que complicar?

O Spitfire é um gato que realmente não se preocupa em pensar fora da caixinha...

A Ratoeira

Ontem eu e o Clinton fomos assistir à peça 'A Ratoeira', da Agatha Christie, que tá em cartaz aqui em Canberra. A peça está fazendo aniversário de 60 anos (estreou em 1952 em Londres e continua sendo representada todo dia no mesmo teatro, lá na terra das atuais Olimpíadas). Aí, os produtores estão fazendo montagens em outros países pra comemorar.

Acho que, fora o Fantasma da Ópera, essa é a peça q eu conheço melhor o texto. É a segunda vez que assito, já li o livro um trizilhão de vezes e participei de uma montagem pra radioteatro. Fiz o papel da dona do hotel, e fui muito criticada por 'ter a voz muito jovem pro papel', mas buenas, tava lá pra aprender. :P

E a montagem da Austrália foi MUITO legal. O cenário era lindo, a neve caindo parecia de verdade e os atores era bem bons. Não vou dizer que eram ótimos porque a maioria deles estava forçando demais no sotaque britânico, aí soava meio falso. Mas fora isso, eram muito convincentes.

E o final, quando o assassino finalmente é revelado é uma delícia. Deu pra ouvir aquele 'oh!' curtinho e travado da plateia na hora q a pessoa aparece. No intervalo, o Clinton tinha pedido meu caderno e uma caneta e fez várias anotações, e devo dizer que ele chegou muito perto da verdade - sacou várias coisas que a Agatha Christie deixa muuuuuito sutilmente no ar. Mas ele não adivinhou o responsável.

E eu não vou dizer, porque é parte da graça da história. Oito personagens e um assassinato, quem é o culpado? =^.^= Pra quem não viu/leu, é recomendadíssimo!

Leiam com voz de personagem de 'Criminal Minds'

Nietzsche disse: 'Quando se olha muito para o abismo, o abismo olha para dentro de você'.

Spitfire disse: 'Quando se olha muito para o abismo, aproveite para lamber a aguinha do banho. É morninha.'