7.12.20

Eu ainda amo Fórmula 1

Sempre gostei de corridas de Fórmula 1. No começo, era aquele passatempo com meus pais, de subir na cama deles nos domingos de manhã para assistir Ayrton Senna e Nelson Piquet correndo. Sempre fui fã do Senna, eu era muito pequena pra ter assistido às vitórias do Piquet.

Obviamente, teve aquela pausa depois de 1994, como pra qualquer brasileiro fã de F1. Mas aí veio a Era Schumacher, e assistir era de novo muito bom. Tive a oportunidade de ver uma corrida em Interlagos que ele participou, como jornalista. Vi Rubinho arrasando na Granja Vianna, literalmente esbarrei no Montoya, vi Rosberg dançando em cima de uma mesa. Anos depois, estava a cargo de publicar as notícias dos GPs quando o "boy magia da F1" Jenson Button foi campeão - para felicidade das repórteres da madrugada e da manhã.

Quando me mudei pra Austrália, assistir F1 ficou mais complicado, com as corridas todas de noite. Mas ainda via de vez em quando. Mas tinha Mark Webber, herói local. E Daniel Ricciardo, do outro lado do país. Ano passado, deidi que assistiria uma corrida no circuito de novo. Guardei uns dindins e comprei ingressos para o Grande Prêmio de Melbourne, que seria em Março. Abertura do campeonato.

Aqueles que acompanham um mínimo de fórmula 1 sabem que dei com a cara na porta. O GP foi cancelado 24h antes de começar por causa de Covid. Eu já estava em Melbourne, com tickets na mão. Voltamos pra casa sem GP. Nem tudo foi perda - ressarciram o ingresso e fui fazer uma escape room com amigos.

Pode ser um hobby meio besta, mas a corrida na noite passada (GP de Sahkir) foi o exemplo perfeito de por que eu gosto de F1. Teve drama, teve técnica, teve sorte (e muito azar). A cada volta saía um "ai, meu deus" e um "woooowww". Fiquei triste pelo menino Russel. Fiquei feliz pelo moço Perez.

Se tivermos uma vacina, ano que ve vou tentar voltar ao circuito. É um circo, é caro, nem sempre é justo. Mas faz o coraçãozinho acelerar, e são esses momentos ue a gente guarda.

9.3.20

Miojo coreano chique

Uma das cenas que muita gente comenta no filme "Parasita" (que ganhou o Oscar esse ano) é aquela em que a mãe pede pra governanta fazer um "Jappaguri". Fora o fato de que o mundo tá caindo quando a cena acontece, o tal do macarrão é mais uma metáfora do filme pra mostrar a diferença entre classes. A base do prato é um macarrão coreano de pacotinho, mas famílias mais abastadas colocam carne de primeira picadinha na mistura - ou seja, até no miojão os ricos estão melhor que os pobres.

Depois de ter provado o tal do prato no hotel em que fiquei, lá a Coreia do Sul, resolvi tentar fazer em casa. E deu certo! Os ingredientes são:

- 1 pacote de Jappaghetti (sabor original, é um miojo coreano de embalagem verde)
- 1 pacote de Neoguri ('Spicy', embalagem vermelha)
- 1 bife cortado em cubinhos médios (qualquer carne magra serve. No filme ela usa algo mais caro que Mignon ou Wagyu, mas não tem necessidade)
- Manteiga, azeite de oliva

Como preparar:

- Ferve o panelão de água e coloca o Jappaghetti e o Neoguri pra cozinhar. por isso que chama "Jappaguri", é a mistura dos dois macarrões.
- Coloca o pacotinho de tempero Jappaghetti Flakes na água. Também acrescenta meio pacote do Flakes Neoguri (se colocar o pacote todo, fica com gosto de peixe). Deixa cozinhar por uns 5 minutos.
- Enquanto isso, coloca um fio de azeite na frigideira e sapeca os cubinhos. Põe uma colher de manteiga e cobre com tampa.
- Escorra os macarrões, mas separe uma xícara dá água da fervura.
- Põe o macarrão de volta na panela, coloca o saquinho de tempero Jappaghetti "Black bean" e metade (ou 1/4) do Neoguri "Spicy".
- Acrescenta os cubinhos de carne, com o caldinho que ficou da fritura na manteira. Mexe bem pra misturar tudo.
- No fogo bem beixinho, acrescenta aos poucos a água de fervura, só pra fazer um molho bem grosso.

O resultado final é um miojão com molho bem grosso, bem no estilo oriental mesmo. O molho do Neoguri é SUPER MEGA apimentado pra padrões brasileiros, por isso recomendo usar só meio ou um quarto. Ainda assim vai ficar bem potente, mas é gostoso.

No fim, o prato é bem barato e fácil de fazer, e realmente é a carne que afeta o preço (e o sabor) no final. Acabei dando muita risada porque todos os estrangeiros estavam pedindo esse prato no hotel. Todo mundo gostou, é realmente bem saboroso. Só que na real deve ter custado centavos pra equipe do hotel fazer, e nós pagamos preço de hotel pra comer...

Mas poxa, não dava pra não experimentar, né?

9.2.20

Spitfire, essa é de plástico!

Semana passada, eu montei um armarinho de sapatos do Ikea pra colocar no nosso corredor da entrada. Ficou bem bonitinho. Coloquei uma caixinha em cima, pra chaves e miudezas, e um vasinho com umas pedras e dois bonequinhos pra fazer uma graça. Aí coloquei dois espelhinhos e um quadro na parede, os tons combinando e tals, tudo bem bonito.

Quando acabei, vi que faltava um toquezinho de verde perto dos bonequinhos. Pensei em colocar uma plantinha. O problema é que o Pitt tenta roer toda e qualquer planta que a gente traz pra casa. Já dei umas três orquídeas pra minha vizinha, porque o Pitt corre pra tentar comer qqr coisa verde que eu ganhe.

Aí o Ikea teve essa semana uma promoção de plantas artificiais. Acho planta de plástico meio tosco, mas eu queria uma pequenininha, e algo que o Pitt não fosse roer. Fui lá, comprei a plantinha de 1,99 e trouxe pra casa. Coloquei atrás dos bonequinhos e Voilá! Ficou lindo, era bem o que precisava mesmo.

A vida seguiu, fui na feira de livros, voltei pra casa, arrumei o escritório. Foi quando escutei aquele característico barulho de pombo, seguido por um salto. Corri pra sala, e lá estava o Spitfire em cima do armarinho de sapato, onde ele nunca tinha ido antes. Os olhos vidrados na planta de plástico.

"É fake, Pitt. Não dá pra comer." Mas ele nem aí. Deu uma dentada na planta de plástico, e logo percebeu q era falsa. Pensam que ele parou? Que nada! Não engoliu, mas saiu mastigando os galhinhos sei lá por quê, só pra fazer cosquinha na gengiva.

Chispei ele dali. Minha planta fake ainda tá lá, mas o plano de ser à prova de gatos falhou.

Gatos sempre vencem.

21.1.20

Filmes de 2019

Como trabalhei loucamente em 2019, não deu pra renovar a carteirinha do clube de cinema e a número de filmes assistidos caiu um pouco. Mas deu pra ver umas coisas legais, e algumas viagens longas de avião forneceram bem-vindas horas de assistência cinéfila. Segue a lista:

1 - Chumbo Grosso
2 - Legítimo Rei
3 - Bohemian Rhapsody
4 - Duas Rainhas
5 - A Outra
6 - Aquaman
7 - Captain Marvel
8 - Alita Battle Angel
9 - Dumbo (Tim Burton)
10 - Homem Aranha: no Multiverso
11- Yesterday
12 - Tolkien
13 - Detetive Pikachu
14 - Shazam
15 - Ready or Not - O Ritual
16 - A Favorita

Que fique registrado q eu levei 3 viagens de avião pra assistir Aquaman inteiro. Ô, filme comprido e complicado! Não é ruim, mas tem uns 3 filmes dentro de um só.
Dumbo, do Tim Burton, foi uma boa surpresa. Não tenho me empolgado pra ver os remakes da Disney, mas esse é um tanto diferente do original e muito bonito.
E poxa, assisti uma penca de filmes de rainhas e nenhum deles eu diria que é maravilhoso. 'Duas Rainhas' é meio chato, e 'A favorita' eu achei sem final. Boas atrizes, mas esperava mais sabendo que a Olivia Colman levou o Oscar por esse filme. 'A Outra' é legal, mas não chega nem perto do livro da Philippa Gregory.
Os melhores do ano vão pra "Alita" no quesito ação, "Homem Aranha no Multiverso" pra roteiro e "Yesterday" no geral. Nenhum dos filmes desse ano foi no nível "noooosssaaa, marcou minha vida", mas nenhum foi ruim (ok, talvez o 'Ready or not"), então o saldo é bem positivo.

10.1.20

Livros de 2019

Em 2019, deu pra er mais de um livro por mês, o que é ótimo. E descobri uma autora australiana joia, chamada Jane Harper. Se tiverem a oportunidade de ler os livros dela (o melhor é o primeiro), leiam!

1 - Peter Pan, de J.M. Barrie
2 - Dark Tracks, de Philippa Gregory
3 - A Mão e a Luva, de Machado de Assis
4 - O Segredo do Anel, de Kathleen McGowan
5 - Royal Ranger 2 - O Clã das Raposas Vermelhas, de John Flanagan
6 - O Mistério dos Três Quartos, de Sophie Hannah
7 - Contos Fluminenses, de Machado de Assis
8 - O Jardim secreto, de Frances Burnett
9 - Royal Ranger 3 - O Duelo em Araluen, de John Flanagan
10 - A Seca, de Jane Harper
11 - Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman
12 - Força da Natureza, de Jane Harper
13 - O Caso da Vela Torcida, de Edgar Wallace
14 - Perdido, de Jane Harper

Acho que o melhor do ano foi A Seca. Uma história de detetive acontecendo numa área seca da Austrália - co o que está acontecendo no momento por aqui, dá pra imaginar direitinho a história. Papel de Parede Amarelo tbm foi muito legal - uma obra em defesa dos direitos das mulheres e saúde mental publicado em uma época em que falar disso era inimaginável. Infelizmente, muito pertinente nos dias de hoje também.
Ler o Arqueirinho sempre é bom, e essa série nova é divertida. Bem mais fraquinha que a original e bastante previsível, mas ainda assim divertida. O Mistério dos Três Quartos foi uma boa surpresa. É o terceiro livro do Poirot escrito pela Sophie Hannah, autorizado pelos herdeiros da Agatha Christie, e finalmente ela acertou a mão. Depois de dois livros bem maisomeninhos, ela escreveu um que realmente lembra o Poirot original.
Fora esses, tem mais uns tres livros começados que serão devidamente terminados em 2020. Passam os anos mas não passa minha mania de ler um monte de coisa ao mesmo tempo. Feliz 2020!