Ontem eu e o Clinton fizemos algo q nunca tínhamos feito antes: fomos a uma missa de Natal. Uma amiga canta no coral da igreja, e ia se apresentar cantando músicas de Natal. Aí nos convidou pra ver. Por que não, né? Apesar de ser uma igreja q eu não conheço bem, fomos lá dar uma força pra ela.
A apresentação foi bem bonita e ela cantou bem à beça. Ficamos pra ver o sermão pra depois sair pra jantar com ela. Algumas coisas não batiam muito com o que eu acredito, mas foi legal ter ido. Porque o cara que falou lá na frente sabia q tinha muita gente de fora da igreja (por causa das apresentações) e resolveu fazer um sermão diferente. Ele falou do nascimento de Jesus e tals, mas não focou nisso ou nas palavras de Deus ou essas coisas que em geral se fala na missa.
Ele falou de macacos.
Vou contar mais ou menos a história. Em alguns países da África e em algumas regiões da Indonésia, as tribos caçam macacos -seja pra comer, treinar, o motivo não importa muito. E eles logo perceberam que caçar macacos é muito complicado, porque eles são rápidos e fortes.
Então, pra caçar macacos, eles usam uma técnica: cavam um buraco num tronco e colocam alguma fruta bem doce dentro. O buraco tem o tamanho certinho pra mão do macaco entrar, mas se ele fechar a mão em volta das frutas, fica grande demais para a mão dele sair.
Os caçadores perceberam que dessa maneira não precisavam correr - o macaco pode até espernear, mas ele quer tanto as frutas q não solta, e fica preso no tronco. Fácil de pegar. E nem passa pela cabeça dele largar as frutas.
Aí que o palestrante fez a comparação q eu achei genial: "quantas vezes na vida nós achamos que nosso problema são os caçadores vindo na nossa direção, e esperneamos, gritamos, mas não largamos as frutas? Meu desejo de Natal é que Deus nos ilumine para que, nesse novo ano que logo chega, nós tenhamos sabedoria para discernir o que é realmente importante."
Saímos de lá felizes, cantamos Jingle Bells e, se eles queriam fazer a gente pensar sobre renovação, conseguiram.