8.10.10

As Aventuras da Pá em Silent Hill, ou Planícies Brancas de Dover :P - 13º dia

Acordei sozinha às 6h30 (cara, eu tô ficando boa nisso!) e comecei a me arrumar para ir a Canterbury. Tomei café e fui pra porta do hotel esperar o ônibus. Mas aí, começou a cair um toró e voltei pro lado de dentro. O busão chegou com 10 minutos de atraso, porque um passageiro que deveria estar em Great Portland (o metrô aqui do lado) sumiu. No fim, acharam ele no metrô Victoria, e saímos para nossa viagem com quase uma hora de atraso, mas tudo bem, acontece.

Sentei bem na frente pra pegar uma janelona, e fiquei papeando com o pessoal em volta. Tem uma menina russa, a Maria, que pegou o ônibus comigo. Um russo, um australiano, um japonês, e duas famílias indianas compunham nossa turma de hoje, além de mim. Levamos uma hora e meia pra chegar a Dover debaixo de chuva. Lá é o ponto mais próximo do litoral francês. Diz a lenda que, quando tem sol, dá pra ver a França, do alto do barranco, do outro lado do mar. A gente foi subindo, subindo, e JESUS, que neblina! Nao dava pra ver França nenhuma, nem mar, nem barranco! Podia jurar que a gente estava em Silent Hill. Sério, eu nunca tinha visto uma neblina TÃO densa, tão branca. Quem ficava uns 20 metros pra trás tinha q se guiar pela voz, porque perdia os outros de vista.

O guia do ônibus, o Tom tava todo nervoso, porque a gente já tinha se atrasado, e depois, não conseguia ver nada na primeira parada. mas não teve problema, o pessoal da excursão era divertido e ficou fazendo piada. Aí, São Pedro ouviu que a gente tava se divertindo, mesmo com a neblina e mandou uma tempestade. Não teve jeito a não ser voltar pro ônibus. No barranco com tempestade não dá, né? Ainda fotografei um caracol enorme (maior que um tomate cereja) e emprestei meu cachecol pra Maria, coitada, que tava congelando.

No trajeto pra Canterbury, o Igor (o russo) começou a sugerir vários joguinhos de pontinhos, matemática e moedas. Ficamos jogando eu ele e o Clinton (o australiano) até chegar. Três nerds fazendo desafios de lógica no interior da Inglaterra :P

Assim que chegamos a Canterbury, agora sob uma chuva mais leve, fomos almoçar no McDonald's e depois seguimos para a catedral, que é gigantesca. Canterbury é a sede da igreja Anglicana, e tem um monte de túmulos pelas paredes. Mas o que mais chamava a atenção eram os vitrais, que estavam por todo o lado, em todas as janelas. E quando batia um quase nadinha de sol, fazia vários desenhos no chão. E o lugar todo tem cara de ANTIGO.


A próxima parada foi no castelo de Leeds, mais um dos castelos ingleses. Foi casa de Henrique VIII (ohhhh), antes de ser comprado. Hoje é propriedade privada. Óbvio que tava chovendo, então sacamos as sombrinhas para atravessar os jardins - com pavões azuis e brancos! - e corremos para dentro do castelo. É uma fofurinha!

O castelo de Leeds parece realmente habitável, porque os tetos não são tão altos. Muita coisa foi modificada em 1920 pelo último comprador, mas a guia do castelo explicou que ele já era considerado o mais aconchegante da Inglaterra antes disso. Amei a biblioteca e a sala de jantar. Depois que a chuva passou, voltamos aos jardins e andamos entre as árvors, flores e pavões. Olha, se tem uma coisa que inglês faz bem é jardim, viu?

Levamos algum tempo pra ir de volta a Londres, por causa do mal tempo. Pelo menos, nosso trio estava super empolgado com jogos, especialmente um de roubar moedas que o Igor ensinou: Você faz 3 filas, com 3, 5 e 7 moedas. Pode roubar quantas quiser, desde que sejam da mesma fila. Perde quem tirar a última da mesa. Ele sempre ganhava... Tinha uma lógica matemática por trás, mas não consegui sacar qual :/ Papeamos muito sobre o lugares que tínhamos visto nos outros dias, e o Clinton perguntou se a gente já tinha ido à National Gallery. Ah, demorou, preiboi! Eu nem queria ir lá de novo mesmo! *lol* Marcamos de ir amanhã à tarde. E finalmente, chegamos a Londres.

Peguei o metrô em Baker Street para o Covent garden, onde poderia ter algo aberto às 20h, que, para os padrões londrinos, é BEM tarde para se jantar. Entrei num pub e perguntei o que era típico, além do Fish & Chips. Peguei uma torta de carne com molho gravy e YAY! Finalmente, algo com sabor! Tava realmente bom, lembrava um pouco o molho madeira. Adorei! Voltei felizona pro hotel. Conversei com a helene, e ela disse que o tornozelo tava um pouco melhor, então ela poderia passear comigo de manhã. papeamos um pouco e fomos dormir.

2 comentários:

Carlos Silla disse...

Haha, vc teve aqui do lado de casa e nao passou pra tomar cha das 5, rs.

Celina Luiza disse...

Que máximo essa sua viagem Ana!!! Pareceu que eu estava lah lendo os seus relatos! quero ir tb agora =) ehhehe muito bom poder ir ao lugar que planeja conhecer e descansar neh?!
bjo!!