6.10.10

As aventuras da Pá na terra do Meridiano Zero - 12ºdia

Foi só falar. Depois do café, quem disse que achei as meninas na recepção? Peguei sozinha o ônibus pra Notting Hill, pois o metrô que passa lá perto tava em reforma. Fui direto para Portobelo Road, onde acontece a feira de antiguidades, e é o lugar que aparece no filme que leva o nome do bairro. Não foi difícil achar, foi só seguir o fluxo. E nossa, QUE FLUXO! Gente demais, demais. Totalmente #25demarçofeelings.

Bati uma fotos, andei um pouco, provei umas cartolas, olhei umas antiguidades e comprei um litrão de horchata numa loja espanhola. Até passei pela casa do George Orwell. Mas não tenho muito saco pra passear em feira, muito menos em muvuca, então acabei desistindo. Peguei um busão pra South Kensington, almocei num noodles express bem fuleirinho, mas que quebrou o galho, e já peguei o metrô de novo - com a CPTM - até Greenwich.

Em Greenwich, todas as casas são de tijolinho marrom. Fui andando da estação até o centro da cidade, depois até a Escola Naval. É um prédio lindo, e fizeram uma sala bem legal pra contar a história da cidade, com mapas e coisinhas interativas. Saí andando atrás do meridiano zero, e aí foi um problema. Eu não fazia idéia de onde ele ficava, e não tem nenhuma placa dizendo 'meridiano'. Só depois de ir e voltar um monte pela margem do Tâmisa que achei um cartaz que dizia q ele ficava no observatório real. E lá fui eu, atrás desse lugar.

Logo descobri que o Royal Oservatory fica no alto da colina atrás da Escola Naval. Lá vai a Pá morro acima. E conmeçou a chover e a ventar, ÓBVIO.

A vista do alto é incrível, fica fácil saber porque escolheram o lugar pra colocar um observatório. E de lá dá pra ver a O2, onde seriam os shows do Michael Jackson, do outro lado do rio. Depois da ladeirona, subi as escadarias pra chegar ao meridiano. Tava cheio de gente, especialmente japoneses, todos com máquinas fotográficas. Acabei batendo minha foto atrás do marco zero (aquela clássica com um pé de cada lado da linha), porque na frente a disputa era muito grande. E aí explorei o lugar onde trabalhavam os astrônomos reais. Tinha um até famosinho, um tal Halley *lol*. Tomei mais um pouco de chuva e peguei o trem de volta pra Londres. Lotado, porque tinha várias estações fechadas.

Desci na Leiscester Square pra ver se achava ingressos baratos. Comprei pra peça do Sherlock holmes num dia e pro Rei Leão no dia seguinte. Me chamou a atenção que não tinha nenhuma peça no domingo de noite, só de tarde. À noite, no domingo, só shows de música... é o dia que os atores descansam, afinal tem apresentações a semana toda.

Voltei pro hostel e fui me arrumar pra fazer o Pub Crawl (uma caminhada pelos pubs mais famosos da cidade) com as meninas do quarto. Aliás, tinha chegado uma menina nova, uma chinesa bem falante. Mas aí a Helene disse que não ia mais no passeio porque torceu o pé na casa da princesa Diana. Uma criança veio correndo e a derrubou na escadaria principal (onde tinha um vestido da Vivienne Westwood). Aí ela perguntou se eu não jantava com ela na cozinha mesmo. Fui ao mercado, comprei arroz e feijão e uns chocolates pra levar pra casa. Liguei pro pai e pra mãe, papeei um bocadão e voltei pro hotel. Eu e a helene fizemos nossas comidinhas e jantamos.

Ela tá bem indignada com a comida da Inglaterra. Eu até entendo, afinal, ela veio da França, né? Meus feijões não tavam lá sensacionais (porque vinham com molho de tomate), mas na falta de feijão normal ele quebrou bem o galho. Subi pro quarto, tomei meu banho, e as meninas ainda ficaram ouvindo música um bom tempo. Eu dormi, porque resolvi que amanhã ia mesmo pra Canterbury.

Nenhum comentário: