27.9.10

As aventuras da Pá na terra do Peixe com Fritas - 4º dia

Acordei umas 8h com as francesas se arrumando. Nisso, a outra menina do andar de cima (como nós apelidamos quem dormia no alto dos beliches, que era o meu caso) chutou o pé da cama e soltou um 'ai, drogaaaaa'. É brasileira! E a gente conversando em inglês :P A Mari veio do Rio e está mochilando pela Europa. Tomamos café juntas e encontramos mais duas brsileiras na recepção, a Gabi e a Dani. Conversamos um bocado e as irmãs reservaram lugares pra ir a Stonehenge no mesmo dia que eu.

Saímos as 4 juntas e fomos assistir a troca da guarda no Palácio de Buckingham. EU VI UM ESQUILO! Logo que a gente chegou atrás do palácio, no Green Park, tinha um esquilinho liiindo, que fugiu das minhas fotos. Fomos até o portão do castelo esperar a guarda. E que fique registrado que, apesar de ser uma atração turística famosa, é o programa mais de índio da capital inglesa! *lol* Tinha umas 500 pessoas se espremendo nas áreas para o público. Aí, começou a chover. Uma delícia, todo mundo sacando as sombrinhas (eu e minha fiel escudeira cor de rosa) naquele aperto. Alta como sou, mal ouvia o clop clop dos cavalos. A gabi subiu na grade do portão e ia narrando: "tá vindo um pessoal com cavalo... Ih, pararam!"

E a troca foi cancelada por causa da chuva. Pindarolas.

Deu mais 20 minutos, parou de chover. Ô, São pedrooooooo...

De lá, eu, Gabi e Dani fomos para a Catedral de St. paul, na City. Dessa vez, tava aberto. Pagamos as 12 libras de entrada (porque aqui se paga pra entrar na igreja, mas museu é de graça) e começamos a andar. É muito lindo, lá. Os mosaicos são super elaborados, tem ouro por todo o teto. Desatamos a subir as escadas pra chegar no topo. Aos 300 degraus, voce chega na galeria dos sussuros. A gente bem q ficou falando com as paredes um bom tempo, mas como tinha muita gente, os sussuros não tavam atravessando toda a parte circilar do domo. mais 200 degraus e chegamos na amurada externa, de onde já dá pra ver a cidade toda. Um vento do cão, mas lindo. Parecia a janelinha do avião melhorada. E mais 150 degraus pro alto e o trio ternura chegou ao topo da torre do domo. Lá do alto, a vista é espetacular. Mas meu deus, como cansa! *lol* Somado ao vento e à chuva que despencou de novo, foi a visão mais linda e do cão do mundo =^.^=


Depois de subir, tem de descer. As pernas chegaram torneadinhas qdo fomos ao subsolo ver a cripta, onde tem vários caras enterrados, como o Lord Nelson. Aliás, o povo tem uma adoração pela Marinha, aqui. tem o túmulo da Florence nightingale tbm, mas o mais legal é o do Cristopher Wren, o arquiteto que projetou a catedral e mais um milhão de prédios históricos de Londres.

É uma pedra preta e lisa.

Aí, se vc vai olhar a plaquinha onde tá o nome dele, com a data de nascimento e morte, diz mais ou menos assim (em latim): "Visitante, esperava um monumento? Olhe em volta." Gaaahhh, aí vc se toca que o cara fez a catedra inteiraaaaa.

Rolou um almocinho básico no Pret A Manger e fomos as três pela Fleet Street (a rua do Sweeney Todd, o barbeiro assassino) em direção á Temple Church, a igreja dos templários que aparece no Código da Vinci. Ela é MEGA escondida, e infelizmente tava fechada. Foi meio frustrante, mas aí fomos até a Torre de Londres, já que estávamos a poucas quadras de lá - e debaixo de chuva, mais uma vez.

A torre é muito massa. É um castelo cercado, com fosso, que começou a ser construído em 1100 e até hoje é usadopara jantares da família real. Tem funcionários que moram lá e uns corvos bem parrudinhos no quintal. Ouvimos um 'beefeater' (guardinha) contar a história das pessoas que foram executadas lá, tipo a Ana Bolena, e depois vimos o armorial do reino. Eu fui ver as joias da Coroa e as menias foram caminhar pela muralha. Peguei uma fila enorme, mas que andava bem rápido. o cetro da Rainha da Inglaterra tem um diamante de 500 quilates, a coisa mais linda e faiscante desse mundo, do tamanho de um pêssego. As coroas cravejadas, as 'louças' de ouro, é tudo lindo demais. Do tesouro, fui á torre mal-assombrada, onde ficaram presos vários nobres na idade média - inclusive os dois filhos pequenos do irmão do Ricardo III (aquele do Shakespeare). O cara matou o irmão e 'foi passear' com os moleques lá... e eles nunca mais foram vistos. Na saída, com aquele furdunço de gente e a chuva, me perdi das meninas. Até fiquei no portão principal com minha discreta sombrinha, mas não as vi passar.

Desencanei e fui atravessar a Tower Bridge, aquela ponte de levanta pros barcos passarem, que também era ali do ladinho. Fui e voltei, adorei a vista. tem muitos barcos no Tâmisa, eles usam como se fosse rua mesmo. O 'bilhete único' de lá também vale pra vários barquinhos, além do busão e do metrô. E qual não foi minha surpresa quando, uma hora depois, encontro as irmãs andando pela ponte tb? :D

Ficamos muito felizes com a coincidência, e aproveitamos que estávamos quase do outro lado do rio para procurar um ônibus que nos levasse até a Tate Modern, museu de arte moderna que nesse dia ia ficar aberto até as 22h. Achamos, pegamos... e passamos direto! :D Descemos e andamos mais um bocado até o lugar certo. Era umas 19h, aí paramos pra jantar num restaurante meio natureba chamado Leon, ali na frente. Recomendadíssimo! Exótico, mas gostoso. Rachamos o menu clássico: por 23 libras, vinham 8 potes de coisinhas naturais, como batatas doces ao curry, almôndegas de soja ao sugo, ervilhas e outras várias coisicas com temperos desconhecidos, mas deliciosos. Meu favorito foi o queijo coalho com limão. E pedimos a limonada da casa, q tbm é muito boa.

Finalmente entramos na Tate Modern. Eu achei que ia boiar fenomenal e encher o saco com arte moderna, mas admito que adorei a mostra. A Dani ajudou, ela é formada em artes plásticas e explicou muita coisa. Somado ao que eu lembrava da Nina ter me explicado, foi muito bom. Amei os coloridos: Liechenstein, Andy Warhol, Mondrian e Miró, e ainda vi Monet, Pollock e Dali. Muito massa.

Voltamos para o albergue tarde. Mandei um e-mail pro povo de casa e fui tomar meu banho. meus pés tavam me matando, o pé direito do tênis já perdeu todo o conforto. Com a andança, meu pé 'gordo' bate dos lados e o minguinho fica em petição de miséria. Mas bora, que amanhã é outro dia.

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