30.9.10

As Aventuras da Pá na Terra da Água com Cal - 7º dia

Ah, que delícia acordar sem horário nem nada marcado! Levantei 7h30, me arrumei com calma e fui tomar café. Encontrei com a Gabi e a Dani e me despedi delas. Voltei pro quarto e troquei de roupa. Hoje vou sair de botas, se eu colocar o tênis de novo, meu mingo vai cair. Preciso urgentemente de um creme pros pés, e de um creme pro corpo. Comecei a ficar toda vermelha e coçando por causa do combo 'água com cal + clima maluco' daqui.

Fui direto à Leicester Square (que se pronucia Lester Square) para comprar ingressos para Wicked. Tem umas 6 bancas que vendem ingressos com desconto. Não tinha Wicked pra hoje, mas comprei pra daqui 3 dias, no fundão. Esse tá bem procurado. E acabei comprando uma pechincha: We Will Rock You pra hoje, fila 4, bem no meio, com preço de fundão - porque era uma cadeira vazia sozinha, e eles tinham de vender de qualquer jeito. Dá vontade de comprar tudo, tem muita pechincha. Capaz de eu voltar pra comprar mais.

Dali, fui andando pra trafalgar Square. passei por ruas muito fofinhas, até por uma loja de roupas de bale que me lembrou a Gi. Bati umas fotos na fonte da praça e entrei na National Gallery, onde infelizmente não podia bater fotos.

O melhor quadro está logo no começo: na 1ª sala do acervo, você dá de cara com a Virgem das Rochas, de Leonardo da Vinci. Fiquei até meio mole, o quadro é lindo demais. O rosto das pessoas é tão doce, tão bonito! Pra quem não lembra, esse quadro é o que derrubam no Louvre logo no começo do Código da Vinci. Há duas versões dele, uma na França e essa, na Gallery.

A galeria é gratuita, imensa, e metade daquele livro "Pra entender a arte" está lá. Tipo os Embaixadores, Baco e Ariadne, Sansão e Dalila, o Casamento dos Arnolfini... Todos esses me fizeram prender a respiração, além de várioa italianos e holandeses que eu não conhecia. É incrível como aquilo ainda é colorido depois de 500 anos. Fiquei lá umas 3 horas e saí pra almoçar.

Comi na cripta da igreja de St. Martin in the Fields. A comida (sopa de ervilha amarela com frango) não tinha muito gosto (ooohhh), mas valeu o ambiente massa. Comer numa cripta é bem interessante, todo aqueles tijolinhos de mil anos... E bati um papo legal com dois caras, um senhor e o filho da minha idade, que estavam na mesa do lado. Percebi que eles estavam falando do British Museum e da Brittish Library, e, muito metida, entrei na conversa e pedi que batessem uma foto minha. Eles me deram informações bem legais sobre esses museus. E o filho conhecia o Brasil, e Florianópolis pelo nome! "Não tive tempo de ir, mas me disseram que pe um dos lugares mais bonitos de lá", ele comentou. Eu fui obrigada a concordar.

A parada seguinte foi na National Portrait Gallery, que fica na mesma praça. Lá tem os retratos oficiais da família real e diversas imagens de gente famosa (e também não pode bater foto). Gostei porque entendi melhor as linhagens dos reis, os Tudors, os Stuarts, os Windsor. Tinha um muito legal do Paul McCartney e um mega lindo dos príncipes William e Harry. Eu tinha escrito uma nota sobre esse quadro pra revista, é bem novo. E muito mais bonito ao vivo.

Aí cansei de visitar coisas e resolvi dar uma andada por Oxford Street, que termina no teatro. Foi uma ótima idéia, porque passei por uma The Body Shop Cheia de promoções! Comprei creme pro corpo e pro pé e mais um monte de presentes. Logo do lado tinha uma loja de chá, onde já pesquisei várias outras coisinhas. Parei num Starbucks, fiz um lanche/janta e fui pro teatro.

A peça é uma coisa de outro mundo. Fiquei com as mãos roxas de tanto aplaudir, e com roxinhos na perna por ficar batucando o Tum Tum Tá de We Will Rock You. O 1º ato eu nem vi passar, de tão bom. O 2º é mais leve, mas também muito animado. Originalmente, quem fazia o papel principal era o Tony Vincent, mas o rapaz q eu vi (Ross Hunt, ou algo assim) não deixa nada a desejar. Canta MUITO, é muito bonito e careteiro igual :P Saí muito besta da peça, cantarolando as músicas do Queen. Liguei pro pai, batemos um papão e fui pro metrô, ainda cantando.

No hostel, tomei meu banho e me enchi de cremes antes de capotar. O hidratante é um de limão muito cheiroso. Acho que amanhã minha pele vai ter renascido e os pés, acalmado. A garganta já tá perfeita, agora só falta o cabelo, que tá a maior piaçava ruiva da paróquia. Eu achava que os ingleses achavam bonito andar despenteados, mas agora vi q a culpa não é deles, é da água. o cabelo realmente resolve explorar novos horizonts. Sem secador, então, é só no 'para o alto e avante'!

Nenhum comentário: