As Aventuras da Pá na Terra de Sherlock Holmes - 8º dia
Meus pés ainda doem, mas a cara deles está melhor. As queimaduras por causa da água também sumiram, god bless the creminhos! Só o cabelo continua indomável, então lavei ele depois do café. Aproveitei que tava um solzinho, coloquei meu vestido e saí.
Desci logo em Baker Street, onde fui à casa do Sherlock Holmes no nº 221B. Cheguei lá e tinha uma filinha, e ÓBVIO que começou a chover. Troquei umas palavrinhas com o Lestrade bem novinho que tava na porta e subi. O lugar é bem pequenininho, até meio bobinho. Mas pra fã, não tem como não ir e não ver o violino, os buracos em forma de VR na parede. A decoração era exatamente o que eu imaginava, o formato da casa que é diferente. Eu imaginava uma casa mais espaçosa, com tipo um mesanino nos andares. Mas ali, ela é bem estreita e alta, os quartos do Holmes e do Watson ficam em andares diferentes.
Saí de lá e comi no meu amigo Pret a Manger, onde pelo menos as comidas têm gosto. Fui então ao museu de cera da Madame Tussaud, que fica ali do lado. A fila era fenomenal, mesmo pra quem tinha ingresso adiantado (comprei o meu com desconto no hostel. Nossa, como eles facilitaram minha vida!) Tava muito, MUITO lotado. Foi uma espremeção pra conseguir bater foto com o Tom Cruise. Com o Jhonny depp, eu nem tentei. E com o Robert Pattinson eu nem queria mesmo... e quando vi que tinha umas 100 meninas se batendo e gritando pra bater foto com ele, passei longe :P Até rolaram umas fotos legais, levando em conta q foram todas batidas por estranhos.
Depois da ala de bonecos de cera (celebridades, hollywood, esportes e líderes políticos), vem a câmara dos horrores, com aquelas pessoas vestidas de monstro que dão susto. Eu sou uma besta, sempre vou ver essas coisas e me escangalho de gritar. :P Teve uma hora que grudei na moça que tava do meu lado e saí correndo arrastando a coitada, gritando. Ela disse que não teve problema, mas acho que foi só a polidez britânica que a fez dizer isso.
Por último, você sobe num carrinho que vai passando por um cenário que conta toda a história de Londres, beeem bonitinho e calminho. Tem os navios, os reis, o incêndio, muito fofo. Quando terminei meu passeio, saí do museu e comi um waffle bem cheiroso numa barraquinha da esquina. Muito gostoso. Menos doce do que aparentava (pedi pra cobrir com chocolate), mas ainda assim muito bom. E apesar de eu estar bem perto, caminhei um bocado até achar o ponto de ônibus que levava para o London Zoo.
O Zoo é enorme, e tem várias partes interativas para crianças. Por exemplo, no terreno das marmotas, você pode entrar por um túnel embaixo da terra que sai numa redoma de acrílico, e olhar as marmotas da altura do chão. Tipo como fazem em aquários. Adorei as tartarugas, os roedores, as fluffy chickens e a parte dos pássaros colridos, que é uma área enorme telada, onde eles ficam soltos e você anda pelo meio. Pena que aí o pé começou a doer demais e voltei pro hotel.
Troquei de roupa e coloquei meus chinelos. Só assim pro pé parar de doer.Do nada, uma banda começou a tocar uns bluezinhos e músicas country na frente do albergue, e juntou um ovo pra ver. Era uma festa surpresa pra uma moradora do prédio da frente. O povo tava tão empolgado vendo e aplaudindo que, quando acabou o show, o clarinetista veio falar comigo pra saber o que era o nosso prédio.
O pé melhorou, aí me agasalhei bem e fui para a Oxford Street comprar as maquiagens da Nina. MUITAS lojas de departamentos. Nenhuma Sephora, mas várias concorrentes do El Corte Inglés, como a Marks&Spencer, e lojas de roupa, como a TopShop, Gap e outras grifes. Dei uma volta, voltei pro hotel, botei os chinelos e fui ao mercado comprar a janta - dica das brasileiras. Comprei um macarrão com frango e queijo e esquentei na cozinha do hotel. tava bem gostoso, e a cozinha é bem legal, bem equipada. Comi, tomei meu banho, papeei com a Sunny, uma das coreanas, e fui dormir. Deus queira que eu acorde no horário amanhã, pois tendo de pegar o ônibus para Oxford.
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