17.4.11

As aventuras da Pá no meio do mato, parte 1: falta muito, Papai Smurf?

Como comentei antes, esse mês passei uns dias no meio do mato. O Clinton veio ao Brasil de novo, então queria mostrar a ele mais um pedacinho do País. Mas claro que quis aproveitar para conhecer algum lugar novo também. Afinal, minha meta de vida é espalhar o máximo de bandeirinhas da Pá pelo mapa-múndi, e dentro do Brasil ainda tem muito lugar que não conheço.

Após alguma pesquisa, descobri que Bonito, no Mato Grosso do Sul, seria uma boa opção. Passagens muito baratas, hostel barato e bem recomendado (ADORO minha carteirinha da hostelling international). Só os passeios que seriam caros, porque lá é tudo área de preservação controlada, mas tudo bem. Melhor gastar no passeio do que em avião, né?

Só que chegar lá pros lados do Pantanal não é tão fácil. Nossa saga começou às 4h30 da manhã, porque tínhamos de pegar um avião em Guarulhos às 7h. Quem mora em SP sabe quão fora de mão é o aeroporto de Guarulhos... Não tinha trânsito nenhum, então levamos 'só' uma hora até o aeroporto.

Fizemos check-in e, em 50 minutos, chegamos ao primeiro destino: Curitiba. Tomamos um café com pão de queijo pra encarar o frio gélido da capital paranaense às 8h da manhã enquanto esperávamos a conexão pra Campo Grande, às 9h30. Foi mais uma hora e meia de voo. Da janela, só se vi campo mesmo. E pelo relógio do aeroporto da capital do MS, chegamos lá às 10h da manhã - eles estão em outro fuso.

Nossa van para Bonito sairia às 13h. Até pensamos em passear pela cidade, mas com a mala seria muito chato. Demos uma enrolada e às 11h e pouco almoçamos no restaurante do aeroporto mesmo, uma comidinha caseira bem simples mas gostosa.

E às 13h (hora local, 14h pelo horário de Brasília), começou a viagem para Bonito. Pegamos dois lugares na van e fomos olhando pela janela um tempão. Depois de duas horas de estrada sem passar por NENHUMA cidade, paramos em um posto de gasolina onde tomamos um Mate Leão.

Eu fui pescando durante as duas horas seguintes de estrada. O Clinton tirou um cochilo. Às 17h, quando eu achei que não existia mais nada no mundo além de viagens infindáveis, chegamos finalmente ao hostel em Bonito: uma casa de tijolinho com piscina e bananeiras. Nos mostraram nosso quarto, BEM grande, bem arejado, com cama, beliche, banheiro, ar condicionado e ventilador. Largamos nossas coisas e fomos à recepção pra ver que passeios poderíamos fazer no dia seguinte. Se fôssemos descansar, ninguém mais levantava da cama :P

Aí descobrimos que no dia seguinte tinha como explorar o Abismo Anhumas, que era um passeio que eu queria MUITO fazer. Só que a condição era correr AGORA para o treinamento - eles não deixam ninguém descer lá no buraco sem treinar. Colocamos roupa de ginástica, tomamos um táxi (todos os táxis em Bonito custam R$ 10, pra qualquer lugar) e fomos.

Lá no local de treinamento, o lance era vestir todos os esquipamentos de rapel e subir e descer até uma plataforma no teto umas 3 vezes. Pra ter certeza q a pessoa ia saber operar os ganchos, não ia ter tontura, vertigem, essas coisas. Tiramos de letra, foi facinho. Aliás, adorei o esquema de descer e subir do rapel, nunca tinha feito antes. Assinamos um termo de segurança e fomos jantar num restaurante numa rua ali perto.

Comemos um dourado com molho de urucum (VERMEEELHOOOOO) e suco de cupuaçu. Já tinha dado pra sentir que a comida seria bem diferente de tudo o que estávamos acostumados, mas era uma delícia. E depois voltamos caminhando pro hostel. Era umas 22h, estávamos moídos. Tudo que eu queria era um banho.

Mas não, não podia ser tão fácil. Entrei no chuveiro e tive a impressão de ver uma piscada de luz laranja no teto. Não entendi o que era, mas fiquei com medo que fosse o chuveiro, então desliguei. Chamei o Clinton, perguntei se ele tinha visto algo piscando... e BUUUMMMMMM!!!! Desligado, o chuveiro brilhou mais que uma supernova, fez um barulho de POW e depois apagou.

Caímos na risada. A gente só queria tomar banho e dormir, mas o chuveiro EXPLODIU. Fomos até a recepção, mas aí vc chega pro cara e diz 'meu chuveiro explodiu' e ele não te olha com a cara mais normal do mundo. Ele foi até o quarto, olhou o chuveiro e disse 'parece normal'. Eu respondi 'Pode até parecer, mas eu não ligaria ele neeeeem se fosse bem paga pra isso.'

Aí o cara nem discutiu. Trocou a gente de quarto pra um que tinha chuveiro a gás e buenas. Aí FINALMENTE, quase meia noite, pudemos tomar banho e dormir (capotar, na real). E o dia seguinte prometia ser BEM puxado.

Um comentário:

Celina Luiza disse...

coisa maravilhosa essa viagem!!!! =) posso dizer que ri muito com a parte do chuveiro!!! hauhauha
eh que lembrei de ter acontecido isso aqi em ksa... pena que nao tinha outro banheiro pra tomar banho aih o jeito foi optar pelo banho glacial (era inverno XD) ou de canequinha... advinha qual foi??
bjo