3.10.10

As aventuras da Pá na terra do Harry Potter - 9º dia

Acordei super desperta à uma da manhã. Voltei a dormir, e das 5h30 em diante acordei sozinha a cada 20 minutos. Acho q tenho um botão soneca interno. Me arrumei, tomei café e corri pra Baker Street, de onde ia sair o ônibus pa Windsor e Oxford.

NOsso guia, um sueco chamado Dan, disse que iríamos primeiro a Oxford. A viagem levou pouco mais de uma hora, e a cidade - que e bem pitoca - é uma graça. Deeve ser um saco passar a vida ali, mas morar uns 2 anos deve ser bem agradável. A Universidade deOxford é dividida em várias faculdades. Não em centos, como a UFSC. Tem mais de uma faculdade que oferece cursos de Letras e Direito, por exemplo.

Fomos primeiro à biblioteca, que serviu de inspiração para o Tolkien criar as torres do Sauron, e onde ele discutia mundos fantásticos com o C.S.Lewis, do Nárnia. Depois, fomos à igreja de fundação da universidade e à Church College, faculdade junto dela. Lá foram filmadas as cenas do refeitório de Hogwarts, do Harry Potter. Eu andei entre as mesas, muito lindo.

Na Church College era também onde o Lewis Carrol dava aula de matemática, e no jardim da faculdade ele passeava com a Alice Liddel. E lá também que o Cristopher Wren, arquiteto da St. Pauls Cathedral, dava aula de astronomia. E pra fechar o circuito dessa cidade nerd, pegamos o busão em frente ao hotel Randolph, onde acontecem as aventuras do Inspetor Morse.

De Oxford a Windsor, a viagem levou mais uma hora. Windsor vive apenas em função do castelo, que é o mais antigo castelo habitado do mundo. Comecei visitando a capela de São Jorge, que é padroeiro da Ordem de Gartl, formada pela rainha e mais algumas pessoas escolhidas. O rei Henrique VIII, o bagunceiro, está enterrado lá, num tumulo bem simples - só um marmore preto no chão. Já o teto... É belíssimo todo entalhado na madeira com um zilhão de detalhes.

Entrei no castelo, que é muito bonito e cheio de pinturas de Van Dyck nas paredes, tem uma casa de bonecas e uma sala de armas, mas nada que tenha chamado a minha atenção. Não me marcou como o castelo real da Espanha, por exemplo.

Mas foi em Windsor que comi a elhor comida de toda a viagem. Depois de sair do castelo, fui a um restaurante grego com a Liandra, brasileira que estava comigo no tour. Pedi espetinhos com um 'arroz macarrãozinho', salada, molho e fritas. Sensacional, bem servido, meio caro (10 libras), mas a melhor comida até agora, de longe.

A viagem de volta foi muito tranquila. Vim conversando com o Dan sobre Dostoiévski, e como não pegamos trânsito, estávamos no centro de Londres umas 17h30. Corri pra Oxford Street ver se achava algum casaco legal, mas não achei nenhum perfeito. Aí, resolvi assistir ao Fantasma da Ópera. Fui caminhando até Tottenham e Picadilly, e passei por todos os musicais da cidade, só não achava o do Fantasma, que era Her Majesty Theatre. Cheguei nele após passar pelo Mamma Mia, Les Miserábles, Priscila Rainha do Deserto, A ratoeira... Eram 19h25 e a sessão começava às 19h30. Peguei o último ingresso, literalmente na última cadeira do teatro. E era um lugar ruim pra caramba: ficava embaixo do balcão, então não dava pra ver a parte de cima dopalco. Se alguém for ver a peça em Londres, PEGUE NA FRENTE! A galera do fundo perde MUITO MUITO MUUUUITO da visão. Pelo menos eu já vi o fantasma tantas vezes que já sabia o que acontecia, então fui mais pra ouvir em inglês mesmo.

Foi a melhor Carlotta de todas as versões que vi, mas não gostei do Raul - torci claramente elo fantasma, nessa montagem. O Raul era muito rude, não demonstrava amor pela Christine. Os protagonistas eram muito bons, aliás o Fantasma lembrava muito o brasileiro.

E, moidinha de sono, saí de´lá direto pro albergue. tomei um banho, um suco de laranja e POFT, cama ^^

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