Estávamos tão cansados que tentar visitar a catedral naquela hora seria um desperdício. Dificilmente conseguiríamos andar por tudo e entender o que estava ao nosso redor. Era tudo muito grande, muito bonito e muito cheio de gente, por causa do feriado de Santiago. Saímos pela porta da frente, para quase cair em cima de um coral e uma orquestra tocando na escadaria principal da catedral.
Dali, andamos até a Oficina do Peregrino, onde você apresenta sua credencial toda carimbada e recebe seu certificado. Achamos que, tendo chegado na cidade tarde (eram passadas das 20h), o escritório estaria vazio. Ledo engano: estávamos nós, toda a torcida do Corinthians e a do Santiago Futebol Clube na fila. Naquele dia, o escritório deu certificados para 1200 peregrinos. SÓ NAQUELE DIA.
O lado bom é que conversamos com um pessoal legal na fila. O lado ruim é que vimos que tem peregrinos e 'peregrinos'... Gente tentando furar fila, jogando lixo no chão, muito triste. Esses realmente tinham um caminho muito diferente do nosso. Mas chegou nossa vez, e os certificados são mega bonitinhos. Pegamos tanto o clássico "Compostelana" (em latim) quanto o de distância, em Espanhol.
Depois fomos para o hotel São Clemente. Lindo, confortável, bem localizado e com as recepcionistas mais fofas. Tomamos um banho e fomos jantar. Após olhar um pouco o redor, entramos num lugar chamado Celmo do Caracol, que era bonitinho e um dos poucos em que a cozinha ainda tinha vagas no restaurante, não só no bar (eram quase 22h de um feriado). Um rapaz era garçom, cozinheiro e host. E mandou bem pra caramba. Comemos umas torradas com coberturas maravilhosas e uma bandeja de carnes assadas que eram dos deuses. Amamos tudo. O Clinton falou que até a cerveja Estrella Galícia era boa. Dali, andamos para o hotel, olhando a cidade ao redor, que é muito bonita. Amanhã a gente passeia. Por agora, nos bastou dormir como pedras, se é que pedras ficam felizes.
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