Esse livro não podia se encaixar em categoria melhor. Estávamos eu e o Clinton no aeroporto, qdo me toquei que tinha umas 6 horas de viagem pela frente e esqueci de trazer um livro. Não sei qto a vocês, mas eu sempre viajo com livro - nem que seja pr ler uma páginas, ficar com sono e capotar no banco do avião ou do ônibus.
Fomos pra livraria e peguei esse simplesmente porque achei a capa bonita. Li atrás, pareceu interessante, não era caro... Pumba, comprei. E por pouco não entrou na categoria "ler em um dia", porque foi metade do livro na ida e metade na volta. Mas afinal, qual a cara do danadinho?
A capa é linda, não? É baseada em uma casa de bonecas que realmente existe e está em um museu de Amsterdã.
Há resenhas muito variadas sobre o livro na internet. De maneira geral, achei muito bom. É a história de Petronella, uma garota de 18 anos do interior da Holanda que se muda para Amsterdã, em 1600 e bolinhas, pra se casar com um mercador muito rico. Mas o casamento é muito frio, a irmã do cara é uma bisca e muita gente na cidade é duas-caras. A única coisa mais colorida é uma casa de bonecas que ela ganha do marido. E quando ela escreva pra um miniaturista pra encomendar móveis e bonequinhos, coisas estranhas começam a acontecer.
Li o livro muito rápido. Ele é bem escrito e dá muita curiosidade de saber como a história se desenvolve. Os mistérios e surpresas são vários. Nesse quesito ele é excelente, os detalhes são bonitos, o texto flui bem. O final deixa algumas coisas em aberto, mas não é ruim.
O problema é se você começa a pensar mais a fundo sobre o livro. A Petronella é muito avançada pra época. Ela tem algumas ideias que fazem muito sentido hoje, mas talvez não a uma menina/mulher de 18 anos em 1680. O mesmo acontece com outros personagens. Temas como casamento, preconceitos raciais, emancipação da mulher, questões de gênero, mercado de trabalho... Várias coisas no livro são ideias muito modernas usando uma máscara de antigo. Acho que isso acaba ajudando no sucesso do livro (que está vendendo muito bem em 30 países), porque mostram ideias que hoje quase todos concordamos (ou pelo menos deveríamos) vencendo barreiras na Europa do século XVII. Mas se for analisar friamente, é bem forçado.
Entretanto, pra que analisar friamente? A ideia aqui é fazer uma dissertação sobre plausibilidade na literatura, ou ler por prazer? Eu fico com a segunda opção e dou nota 8 pro livro, que me divertiu por umas 11 horas de avião.
Um comentário:
Poxa, isso é que é propaganda. Me deixou curiosa. ^^
E concordo totalmente contigo: ler por prazer. História Geral a gente estuda e tem que ter na bagagem. ♥
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