29.1.15

Aventuras da Pá no Camboja, parte 2 - Começando muito cedo

Dormimos tarde e acordamos cedo (4h30, pra ser exataa). Normalmente, eu não teria energia para nada e estaria completamente zumbi, mas nesse dia, eu levantei com muito pique. O motivo é que veríamos o amanhecer no templo de Angkor Wat, e o sol levanta bem cedo. Saímos às 5h do hotel com nosso esforçado Trun, o mesmo motorista de tuk-tuk que nos buscou no aeroporto. Fomos direto ao posto de controle da região dos templos. O passe de um dia custa U$20. Nós pegamos o de 3 dias, que custava U$40. Cada um é personalizado com foto, pra impedir que as pessoas fiquem passando o ticket uma pra outra.

E depois de uns 20 minutos, chegamos no templo. Ainda na completa escuridão. Procuramos um lugar para ficar, tipo um morrinho em frete ao lago. Nós e toda a torcida do Corinthians chinês, porque já tinha bem umas 300 pessoas lá esperando pelo amanhecer também.

Valeu a pena levantar cedo e esperar. O céu estava bem embaçado e fumacento, e não deu pra ver o sol nascer redondinho. Mas ainda assim, foi muito bonito primeiro ver um leve contorno das torres, e depois vê-las aparecendo muito lindas contra um céu rosado.

Todo mundo quis bater foto, era impossível resistir.

Quando o dia ficou mais claro (lá por umas 6h30), fomos tomar café. Dou um prêmio pra quem adivinhar o prato principal do menu.

CURRY DE FRANGO.

Foi aí, mais do que no templo, que caiu a ficha que estávamos em outro país. Os turistas brancos pediam torrada, ovo e bacon, e vinha uns pratos xoxinhos. O pessoal que pedia curry ganhava um potão. Pedimos o curry, com um café com leite condensado(o que para eles era normal, e nessa hora eu só pensava que era quase como comer marisco com nescau morninho). E quer saber? Tava muito gostoso. O fuso horário tava zoado mesmo, a gente estava verde de fome, por que última refeição tinha sido no avião no dia anterior. Bora comer comid local, e então entramos em Angkor Wat.

É difícil descrever um lugar que é enorme (3km por 2km de área), mais complexo que uma dungeon de RPG, com todas as paredes decoradas e escadarias gigantescas. A cada passo, uma Apsara (ninfa hindu) ou um Avatar (cada uma das formas de Vishnu) te encara em alguma parede ou reentrância. O lugar foi construído há mil anos, mas continua lindo. Absurdamente lindo.

Essa plataforma fica a 2 andares de altura do vão central. O vão central é 2-3 andares de altura mais alto que a entrada do templo. E atrás de mim, tinha mais uns 6-7 andares de torre.

O único problema do lugar é que, conforme foi passando o tempo, o lugar foi enchendo de gente. Enchendo MUITO. Nosso motorista disse que devíamos sair antes das 8h30, ou íamos começar a nos incomodar. Eu achei q era muito corrido e que ele estava exagerando, mas saí. Depois percebi que ele estava certo - assunto pra outro post.

Saí de lá com o coração na mão, com planos de voltar no dia seguinte. Mas, por hoje, ainda tinha muita coisa pra ver. E, mesmo sem saber o que eram, eu já tinha me apaixonado pelas Apsaras. Muits delas estavam por vir.

Apsaras são as ninfas dançantes. As 'paradinhas' são as Devatas, ninfas-guardiãs.

Um comentário:

Carmen disse...

Lugar maravilhoso!! Esse lugares que a gente visita e não tem como explicar o que sentimos, né? Só estando lá para sentir ! Espero um dia poder fazer esta viagem!