Me acabando de chorar com o BatKid

Já faz um tempo que conheço o trabalho da Make a Wish Foundation. É uma ONG que tenta realizar os sonhos de crianças com doenças graves. Eles organizam festas, viagens, arranjam brinquedos e um monte de outras coisas. Mas hoje eles fizeram uma coisa em São Francisco (que talvez vocês tenham visto nas notícias) que me fez chorar um bocado.

Um paciente em recuperação de Leucemia, chamado Miles Scott, de 5 anos, disse que o sonho dele era ser o Batman. A Fundação foi até ele e disse que o desejo dele seria realizado. "Vou ganhar uma roupa do Batman?", ele perguntou. "Não, você vai trabalhar comigo por um dia", disse um ator vestido de Batman, entrando de surpresa na sala. Deram um uniforme pro moleque e aí, na televisão, apareceu uma gravação de um delegado de polícia local chamando Miles pra ajudar a resgatar uma moça q havia sido sequestrada.

O sequestro era encenado, claro, mas um doador anônimo mandou uma Lamborghini preta pra ser usada como Batmóvel pelo ator e por Miles, e os dois foram até um prédio onde outro ator, vestido de Charada, estava com uma moça. Jornalistas voluntários fingiram estar no local tentando pegar informações, e policiais voluntários também acompanharam a 'missão'. No fim, Miles levou o Charada para a cadeia.

Quando todo mundo achou q tinha acabado (e a essa hora São Francisco inteira estava na rua pra ver o BatKid), torcedores de um time de futebol local, também voluntários, chamaram o Batmenino pra salvar o mascotão de pelúcia deles, que fora roubado! A aventura incluiu mais uma corrida de 'Batmóvel' e dessa vez o vilão era um ator vestido de Pinguim.

No total, 11 mil voluntários participaram da ação. Um jornal local imprimiu páginas especiais com a foto de Miles, dizendo 'Batmenino salva a cidade'. Milhares de pessoas foram para as ruas vestidas de Robin, mulher Maravilha, Capitão América e outros segurando cartazes com mensagens do tipo "Arrasa, Batkid!"

A ação seria menor, mas de acordo com a Fundação, muitas pessoas toparam ser voluntárias e o evento praticamente parou São Francisco por um dia. E acho que acendeu uma luzinha de fé de que ainda tem muita gente boa nesse mundo.