8.8.13

E quando você acha que o vilão tá certo? :/

Como falei no último post, estava lendo Inferno, do Dan Brown. O livro é realmente igual aos outros: Langdon é atacado em algum lugar onde precisa interpretar símbolos em obras de arte e é ajudado por uma menina linda e super inteligente. Claro, tem uma organização secreta atrás dele.

Achei melhor que O Símbolo Perdido, simplesmente pq cita obras que eu conheço: de boticcelli, dante alighieri, por exemplo. No livro anterior, não conhecia nada do que ele falava de Washington, aí perdeu um pouco a graça. Esse livro agora se passa quase todo na Itália, muuuito mais turisticamente amigável :D

A tradução ficou muito boa, e em um certo trecho do livro preciso dar os parabéns aos traduores. Tem um personagem 'secreto', vc não sabe se é homem, mulher, novo, velho, amigo ou inimigo. Em inglês é mais fácil esconder detalhes sobre as pessoas, já que as palavras não têm gênero definido e os adjetivos não variam. Em português é MUITO complicado, pq pra qualquer coisinha você diz ele, ela, bonitO ou bonitA. Mas conseguiram manter o personagem indefinido até a hora certa, ficou excelente! Um ótimo trabalho de texto =^.^=

Quem gostou dos outros vai gostar desse, não tem nada de mais. Só teve uma coisa nesse livro que pra mim foi totalmente diferente dos outros.

Eu achei que o 'vilão' na verdade tava certo. Se a história fosse de verdade, provavelmente todas aquelas instituições do livro estariam bravas comigo tbm :P Sem fazer muito spoiler, o personagem antagonista acha q tem gente demais no mundo e que a população mundial deveria ser reduzida, ou entraremos numa era de sofrimento e guerra por recursos, e vamos extinguir a nós mesmos. Para sobrevivermos, temos de reduzir a quantidade de nós mesmos.

Infelizmente, eu acho que ele está certo. Não defendo políticas como a da China, que proíbem os casais de terem mais de um filho. Mas também acho errado uma família ter 10 crianças hoje em dia. Acho que se 'tem condições de bancá-las' poooode até ser, mas mesmo assim sou contra, porque O MUNDO não tem condições de bancar essa família.

Aí que chega o impasse: qual a solução para o problema? Deixa como está, apenas com campanhas de conscientização, e vamos lentamente caminhando para o abismo, ou alguém tem de ter a coragem de tomar medidas mais drásticas? E se sim, que medidas drásticas são possíveis sem ser criminosas?

O livro tem uma saída elegante para o problema. Não sei MESMO se é correta, moral ou aceitável. Mas admito que não me pareceu ruim, e não sei se eu deveria ficar preocupada comigo mesma por pensar assim :P. Esse livro me deixou realmente com uma baita pulga atrás da orelha.

Um comentário:

Dani disse...

Poooooxa, agora fiquei curiosa para ler. Ele está na lista, mas depois do que você disse, caramba. XD Acho que ele vai passar na frente na fila. Hehehe...