20.1.12

Sherlock Sparrow e o Jogo de Sombras

Fui ver o novo filme do Sherlock Holmes com meus pais no fim de semana. Antes de falar do filme, queria elogiar o novo cinema do Shopping Beiramar. Já vi dois filmes lá, e não tem comparação a melhora do que eram os cine arco-íris pra esses novos. As cadeiras são fofinhas, a sala é bem inclinada e greande, mas sem ser gigante. Muito bom.

Quanto ao filme do Sherlock Holmes, vamos por partes. Eu gostei do filme. Muito. Mas se me perguntarem se é um bom filme do Sherlock holmes, aí eu digo: médio. Por quê? Porque, diferentemente do filme anterior, nesse eu acho que o Robert Downey Jr. passou do ponto na interpretação 'mais soltinha' do Holmes.

Muita gente já havia criticado isso no primeiro filme. Eu discordei, e ainda discordo, porque o Holmes tem sim um lado mais fanfarrão nos livros que eu nunca tinha visto em nenhuma adaptação para tv/cinema. As versões anteriores só mostravam as partes sérias, nunca mostravam o Holmes 'dando patada' no Watson, se disfarçando ou lutando, coisa q ele faz um bocado nos livros. Então, ok, achei uma interpretação válida.

O problema é q o filme novo ficou só nisso, só no Holmes fanfarrão. Arrisco até dizer que não foi nem no Holmes - parecia um Tony Stark vitoriano, igual ao outro filme famoso so Robert Downey Jr. (Iron Man). Ou pior: parecia um Jack Sparrow interpretado por outro ator.

Isso, somado a um roteiro deveras complicado, são minhas críticas ao filme. E, se o personagem pricipal é um mega-problema, por que digo que gostei do filme? Porque todo o resto é ÓTIMO.

Este é evidentemente um filme do Guy Ritchie. Cada cena tem várias tomadas de ação e aqueles ângulos malucos que tanto o fizeram famoso em Snatch-Porcos e Diamantes e outros. Mais um ou dois dessa qualidade e talvez ele até consiga se livrar do título de 'ex-marido da Madonna' e volte a ser reconhecido como 'diretor', coitado.

Os atores também são ótimos. A dupla Jude Law-Downey Jr. funciona muito bem, e a eles somou-se Noomi Rapace, atriz que fez a maravilhosíssima Lisbeth Salander na versão sueca da trilogia Millenium. Mas quem mais faz rir é Stephen Fry, que faz uma encarnação perfeita de Mycroft Holmes (Sim, há dois deles, como constata no filme uma desesperada esposa de Watson).

Como fã das histórias de Sherlock Holmes, porém, o que mais gostei foram das pitadinhas de livros colocadas no filme. Por exemplo, o disfarce de chinês traficante de ópio (vindo de O Homem do Lábio Torcido), os problemas de Watson com apostas (acho que em A Aventura dos Dançarinos, ou algo assim) o coronel Sebastian Moran (A casa vazia) e, massivamente a presença de elementos de O Problema Final, com muuuitas cenas passadas em Reichenbach.

O problema disso é que quem conhece bem essa última história vai saber algumas coisas que acontecem pela frente, mas isso não tira a graça do filme, nem estraga algumas surpresas do final.

De maneira geral, é um excelente e divertido filme. Com uma interpretação meio enviesada de Sherlock Holmes, mas definitivamente divertido e sem ser ofensivo para os fãs.

3 comentários:

Dani disse...

Ai, quero ver! *v*

Carmen disse...

Se esta análise fizesse parte da divulgação seria estouro,record de bilheteria COM CERTEZA.

disse...

Te amo, mãe :*