6.12.10

A Rede Social

Fui ver esse filme no fim de semana, e posso dizer que estou numa maré de sorte para filmes no cinema. Todos os que fui ver nos últimos tempos foram muito legais, e esse não foge à regra. É um relato da criação do Facebook, e dos enroscos judiciais em que seus fundadores se meteram.

Falando assim, parece nerd e chato. Nerd ele é, mas chato, nem um pouco. É perfeitamente palatável mesmo para quem nunca usou uma rede social na vida - mas aquelas pessoas que usam redes sociais, e mais especificamente o facebook, vão perceber algumas sutilezas a mais, como quando eles saem de um evento e dizem 'nossa, eu curti isso' - o Facebook coloca um botão escrito 'curtir' embaixo de cada coisinha que é postada no site.

O filme tem um roteiro simples - a história real em si já tem detalhes o bastante para torná-lo interessante. Mas o que mais me chamou a ateñção foram os atores. Jesse Eisenberg interpreta o criador do site, Mark Zuckerberg, e faz dele uma versão mais real do Sheldon, de The Big Bang Theory. O primeiro diálogo do filme, entre ele e sua namorada, é genial. Dá vontade de jogar o copo que está na mesa na cara dele.

Andrew Garfield (Dr. Parnassus e o novo Homem-Aranha) faz o brasileiro Eduardo Saverin, co-fundador do site. Talvez por Eduardo ter ajudado a escrever o livro que deu origem ao filme, ele é o personagem mais simpático de todos, aquele de quem você tem pena quando as coisas dão errado. E um SURPREENDENTE Justin Timberlake faz Sean Parker, o criador do Napster. O tipinho de cara q eu detesto: falastrão, festeiro, usuário de drogas, nunca admite seus erros - o Justin encara o papel numa boa. Fiquei surpresa, esperando uma canastrice sem fim... e não é que o cara fez diretinho? Não é uma atuação de Oscar, mas com certeza muito acima da expectativa.

O diretor do filme é David Fincher, o mesmo de Benjamin Button e Clube da Luta. E como nesses outros filmes, a história vai e volta no tempo, mas de maneira muito bem feita. Você não se perde, e cada flashback complementa o que vem em seguida. A trilha sonora é boa, mas daquele tipo que você não percebe que tem algo tocando. É tão sutil que, quando em uma cena de regata toca uma música clássica, ela soa forte demais.

E acho que o filme ainda tem o mérito de conseguir arrastar para as salas de cinema aquele público que em geral só assiste a blockbuster de ação ou comédias bobonas - o tipo 'nerd' exagerado - para assistir a um drama muito bem feito. Recomendado, com certeza.

2 comentários:

Alandria disse...

Agradeço pela dica! É o tipo de filme que a gente só se convence a ver se alguém contar do que se trata... ou quem for curiosa de verdade. XP

Celina Luiza disse...

puxa... vc foi a primeira que disse q o filme é bom... meus amigos,a que assistiram o filme,
me desaconselharam... e nos states está sendo tratado pelos críticos como o direito a oscar... pq? nao sei....
bem vou tentar ver o filme pra ver minha opiniao =)