9.9.05

O encantado Castelo Animado

Os filmes do Miyazaki tem a estranha característica de deixar você sem entender exatamente qual a moral da história. Mas são lindos. Isso acontece com Totoro, Gratidão dos Gatos, com o famoso Viagem de Chihiro e agora com esse Castelo Animado (baseado no livro inglês Howl´s Moving Castle).
Falo isso, claro, como leiga e ocidental. Quem conhexce mais de cinema ou de cultura oriental pode ter uma visão muito diferente da minha. Mas acho que o grande público concorda comigo: tem algo diferente nos filmes desse cara.

Tá, mas o filme é bom ou não?
É. É lindo.
Ele é um fortíssimo manifesto contra a guerra, mas tão entremeado com os personagens excelentes que é preciso pensar um pouco para captá-lo. Nessa história, nenhum personagem é de todo mau ou de todo bom. Certamente uma platéia pasteurizada acostumada só com a batalha entre o bem e o mau não vai captar nada desse filme.
Sophie e Howl foram uma das duplas (pq não dá pra chamar de casal) mais bonitas que já vi em filmes. E as preocupações deles, tão comuns (cabelo feio, professores, limpeza da casa) são muito mais interessantes do que os dramas cinematográficos comuns (destruição iminente do mundo, perda de um grande amor, etc). Há sim amor e ameaças ao mundo no filme, mas tratados de uma maneira bem mais natural.

Escrevi esse montão até aqui e na verdade não consegui explicar exatamente o que senti com o filme. De uma maneira bem besta, parece que dá vontade de abraçar alguém. Porque às vezes um abraço e uma palavra resolvem os piores problemas.

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