A arte do xeique-xeique
No oriente, as famílias ensinavam a seus descendentes as artes marciais. Os celtas e pagãos tinham os ritos secretos da Deusa. Os índios de toda a América passavam técnicas de caça e sobrevivência.
A minha família domina as técnicas do xeique-xeique.
Essa arte tem as origens perdidas nas brumas do tempo. Mas evangelhos apócrifos dizem que Noé teve de utilizar muitas técnicas de xeique-xeique para acomodar aquela bicharada toda dentro da arca aos pares. Na Grécia, a grande pitonisa de Mexepoulus utlizava os resultados de uma rodada de xeique-xeique para prever o futuro, pois toda a ordem, as mudanças e reviravoltas desta técnica poderiam dizer muito sobre a vida de alguém. Mas a grande ascensão do xeique-xeique se deu no Egito, quando a Poderosa Deusa Ísis passou a abeençoar aqueles que nasciam com o dom para a arte.
E nos dias atuais, esse legado está em nossas mãos. Todos os filhos, primos e amigos muito próximos de nossa família são iniciados no ritual, que pode durar horas, dias, e tem seus efeitos potencializados nas noites de verão. Nestas noites, todo o poder do xeique-xeique se concentra nos maiores especialistas da técnica. Quando se confrontam, o resultado é sempre inesperado, pois nunca se sabe a quem a Poderosa Ísis sorrirá.
Existem muitos conhecedores da arte pelo mundo, mas poucos tão dedicados quanto nós. Eu sinto que em breve um novo confronto dos sacerdotes de Ísis acontecerá, e todo os poder do xeique-xeique será posto em cartas sobre a mesa. E estou ansiosa por isto.
PS: Se algum dia você participar do ritual, não sente depois da minha prima Ju. Ísis não vai sorrir pra você.
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