28.4.24

Como será que era Adelaide?

Mês passado eu tive a oportunidade de ir a Melbourne assistir à corrida de Fórmula 1. Siiiimmm, depois de muitos, muitos anos, voltei a um autódromo!

Há uns 20 anos, eu fui a Interlagos e assisti a uma corrida lá, na época que Schumacher ainda era o grande campeão. Eu lembro que choveu, mas admito que lembro pouquíssima coisa da corrida e que minha impressão foi que era muito mais legal ver de casa, porque no autódromo não dava pra ver muita coisa. E isso mesmo eu estando em uma arquibancada coberta. Tipo, foi divertido, mas não a ponto de eu pensar em ir de novo.

Desde então, eu vim aqui pra Austrália e eu e o Clinton assistimos às corridas juntos. Ele nunca tinha ido, então resolvemos que talvez valesse a pena ir a Melbourne pra ele ter a experiência. Uns anos atrás, compramos o ingressos, viajamos pra lá e... Isso foi em fevereiro de 2020. Cancelaream a corrida no dia e demos com a cara no portão. Nunca é ruim passar o fim de semana em Melbourne, mas eu não quero nem imaginar o perrengue pra quem tinha vindo do exterior.

Acelera pra esse ano, resolvemos tentar de novo. Foi uma briga pra achar um lugar pra nos hospedarmos que não custasse os dois rins, os preços estavam horríveis. Mas achamos um cantinho, e compramos nossos ingressos (Park Pass, que apesar do nome chique, significa que a gente ia sentar na grama). Chegamos lá no sábado, quando teve a corrida de F2 e o Qualify de F1. O qualify foi quase impossível de ver, porque os carros são rápidos demais. Você sente e ouve que ele passou, mas em geral nem dá pra saber que carro foi. A corrida de F2 foi bem mais legal, porque os carros são mais lentinhos... No domingo, vimos a corrida mesmo. Achamos um morrinho na grama, nos instalamos ali e assistimos. Foi super gostoso, a torcida gritando quando o carro do Max quebrou, e no finzinho quando o Russel virou bem na nossa frente. Tinha um sistema de som bom e um narrador que pelo menos ajudava a entender que carro tinha acabado de fazer "fiuuuummm" na nossa frente.

O que mais me chamou a atenção, porém, foi a estrutura do autódromo. Não era só arquibancada e grama. Tinha show de música, duas praças de alimentação, vários telões, um parquinho pra criança, uma exposição de carros antigos e lugares pra encher garrafinha dágua e passar protetor solar (Anthelios da La Roche Posey, chiiiiique). Assim como Interlagos, não foi exatamente fácil ver a corrida. Mas o ambiente estava to gostoso, um monte de famílias, uma estrutura legal, que deu vontade de ir de novo. Talvez só para o domingo, mas ainda assim, de estar lá no meio daquela festa.

Vamos ver como fica nosso calendário para os próximos anos. Eu achei que nunca mais iria ao autódromo, que já tinha ido e estava bom. Acho que me enganei - deu uma baita curiosidade de saber como são outras corridas.

3.2.24

Ainda não foi bem como eu gostaria

Depois da decepção com Napoleão, fui ao clube de cinema essa semana assistir a Ferrari. A exibição aqui em Camberra foi patrocinada pela Embaixada da itália e tinha vários convidados dos diplomatas, então a sala estava bem cheia. O que foi muito interessante, porque nas horas engraçadas tinha bastante risada, mas na hora mais dramática (beirando o grotesco), a aversão da plateia também foi super forte.

"Nossa, mas como assim?", você pode perguntar. É que o filme é bem realista na parte das corridas. E nos primórdios da Fórmula 1, morria muita gente, porque não tinha segurança nenhuma. Mostram isso no filme, e uma cena de acidente em especial é bem horrível. Mas apesar disso, é um bom filme.

A atuação do Adam Driver no papel do Enzo Ferrari é excelente. A Penélope Cruz pesou um pouco a mão no papel da esposa, mas talvez a personagem fosse assim mesmo na vida real. E ela com certeza tem os melhores diálogos do filme.

Então, numa comparação direta, Ferrari é bem melhor que Napoleão como filme-biografia. Mas ainda não deu aquela sensação de sair do cinema pensando "nossa, que filmão!".

23.1.24

Affe, que decepção

Sabe o post que fiz há alguns meses sobre estar empolgada com o filme do Napoleão, do Riddley Scott? Então, fui ver esse fim-de-semana.

Ai, que decepção.

O filme não é ruim. Os atores são bons, os cenários são bons... Mas o filme mostra romance e batalhas sem engrenar direito em nenhuma das narrativas. Não é romance, nem filme de guerra. E depois de duas horas e meia, dá uma canseira de ver aqueles conflitos todos, saber como vai terminar, bla, blá, blá.

No fim das contas, o filme do Missão Impossível foi muito mais divertido. E Barbie também. Oppenheimer eu não vi, então não posso opinar.

O jeito é voltar ao cinema pra assistir ao "Ferrari" e ver se dessa vez sai uma biografia boa.

8.1.24

Livros de 2023

A lista de livros do ano passado também foi decente. MUITOS livros de detetive e mistério, mas isso já era de se esperar, né?

1) Peggy, de Anna Walker
2) As Confissões de Arsène Lupin, de Maurice Leblanc
3) A Muralha, de Dinah Silveira de Queiroz
4) Revoluções Francesas, de Tim Moore
5) Os Dentes do Tigre, de Maurice Leblanc
6) As Oito Badaladas do Relógio, de Maurice Leblanc
7) O Detetive de Arte, de Philip Mould
8) O Triângulo de Ouro, de Maurice Leblanc
9) O Ursinho Pooh, de A.A. Milne
10) Marília de Dirceu, de Tomás Antonio Gonzaga
11) Escape Room, de Megan Goldin
12) A Ilha do Dr. Moreau, de H.G. Wells
13) Passagem para a Índia, de E. M. Forster
14) O Clube do Crime das Quinta-Feiras, de Richard Osman
15) A Noite das Bruxas, de Agatha Christie
16) Before You Knew my Name, de Jaqueline Bublitz
17) Romeu e Julieta, de William Shakespeare
18) The Rúin, de Dervla McTiernan
19) Uma Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen
20) O Alquimista, de Paulo Coelho
21) A Dama da Barca, de W.W. Jacobs
22) Contos de Andersen, de Hans Christian Andersen
23) Spanish Steps (Viajando com meu Burro), de Tim Moore

O piorzinho foi sem dúvida "Escape Room", porque conta uma história sem pé nem cabeça de uma pessoa se vingando de outras trancando elas num elevador e chamando de Escape room. Aí, pra quem gosta do hobby, realmente foi de trincar os grugumilhos.

Os vários livros do Arsene Lupin foram divertidos, mas o melhor foi O detetive de Arte, que é um livro contando como o galerista Philip Mould (do programa Feira de Antiguidades) encontrou algumas obras de arte valiosas ao redor do mundo. Não é nada profundo, mas mistura arte com história e investigação. Bem gostoso de ler.

6.1.24

Filmes de 2023

Com várias viagens e um retorno ao clube de cinema, a lista de filmes do último ano cresceu bastante, como vocês podem ver abaixo.

1) Top Gun Maverick
2) Jungle Cruise
3) See How they Run
4) Dr Estranho no Multiverso da Loucura
5) Trem Bala
6) Glass Onion
7) O Pálido Olho Azul
8) Pinocchio de Guillermo del Toro
9) Gato de Botas
10) RRR
11) Old
12) O Poderoso Chefão
13) 3.000 Anos de Espera
14) Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
15) O Menu
16) Notre Dame Em Chamas
17) A Baleia
18) Marcel, a Concha de Sapatos
19) Pantera Negra: Wakanda para Sempre
20) A Lagosta
21) Asterix e Obelix no Reino do Meio
22) Elvis
23) Weird: a história de Al Yancovic
24) Magic Mike Last Dance
25) One Piece: Red
26) Campeões
27) A Vingança está na Moda
28) Possuídos
29) O Peso do Talento
30) Amadeus
31) Guardiões da Galáxia 3
32) Barbie
33) Missão Impossível - Dead Reckoning Parte 1
34) A Pequena Sereia (live action)
35) O Exorcista do Papa
36) Minha Mãe é uma Peça 3
37) Super Mario Bros
38) Antman e Vespa: Quantum Mania
39) Indiana Jones e a Relíquia do Destino
40) Chevalier
41) Noite das Bruxas
42) Gran Turismo
43) Blackberry
44) The Flash

Muitos destaques, muitos filmes de Oscar. Adorei o "Tudo em todo lugar ao mesmo tempo" a achei merecidíssimo todos os prêmios que esse filme ganhou. Mas não foi o meu favorito do ano. Esse, de certeza, foi "Notre Dame em Chamas" - uma recriação de como foi a operação para apagar o incêndio na catedral de Paris. Fazia tempo que um filme não me fazia genuinamente ficar com o coração acelerado e os olhos cheios de lágrimas. Mais tarde tive a oportunidade de assistir a algumas notícias e documentários, e a precisão nos detalhes do filme é impressionante. Recomendo muito.

Na lista de filmes a evitar e não perder tempo... pode colocar todos os da Marvel? Nossa, como foram chatos. Ainda em que assisti tudo em avião ou no clube, porque se não eu ia me sentir muito roubada. Eu gostei de filmes do iron Man, do thor ou do Homem Aranha no passado. Mas esse ano, Guardiões da Galáxia foi horrível (a história é baseado e maus-tratos a bichos. Pra quê????). Pantera Negra foi bem bobinho e Antman não teve nada de novo. Eles realmente precisam dar uma pausa e repensar esse mundaréu de lançamentos.

E na lista de filmes pra se divertir, Top Gun Maverick e Barbie são escolhas fáceis. Leves, histórias fáceis de seguir e bem contadas. O novo Indiana Jones perdeu a chance de entrar nessa lista porque achei a edição do filme muito ruim, apesar da história boa. O filme muda de ritmo o tempo todo, ficando cansativo. Uma pena. O novo Poirot é mais ok. Não é sensacional, mas pra um filme de suspense sobrenatural inventado que não conta a história de nenhum livro, é bem passável.

6.11.23

A Diferença do Básico bem-feito

Recentemente, tive a chance de assistir a dois concertos sensacionais: Paul McCartney, na Marvel Arena de Melbourne, e The Coors, no UTAS Stadium, em Launceston. Em termos de música, ambos foram sensacionais. Mas tenho de admitir que o show do The Corrs foi muito melhor.

Não foi por causa de seleção de músicas, ou efeitos especiais. O Paul teve mais efeitos, telões, clipes. O The Corrs era só palco mesmo, sem nada. Quase pobrinho, estilão show de reveillon na Beira-Mar. Mas gente, a qualidade de som estava TÃO melhor, mas TÃO melhor! Por alguma razão, o show do Paul McCartney estava com os intrumentos super altos e a voz meio abafada. Tinha músicas que mal dava pra ouvi-lo. Já no Corrs, tudo estava lindo, cristalino. Talvez pudessem ter aumentado o volume da flautinha, mas fora isso, perfeito.

Aí vc pensa que colocaram um Beatle pra cantar num estádio mega-moderno e não regularam o som direito. Daí vem a banda irlandesa tocar num estadiozinho pequenininho, sem nada, e o som tava tão bom que todo mundo amou a experiência. Facinho que eu volto no UTAS. Mas vai ter de ser algo no cacife Beatles pra me fazer gastar dinheiro de novo no Marvel Stadium. Ajustar o som num show de música é also básico demais pra deixar passar.

PS: quem abriu o show do The Corrs foi a Natalie Imbruglia. Nostalgia total!

11.7.23

Empolgação de cinema

Tá todo mundo falando do filme da Barbie, e também do Oppenheimer. Algumas pessoas estão até comentando o novo Missão Impossível. E eu na minha, ok, vou ver se consigo assistir. Mas aí fiquei sabendo que o Ridley Scott (diretor de Alien e Gladiador) vai lançar um filme sobre Napoleão Bonaparte, e AGORA SIM deu muita vontade de ir ao cinema!

13.5.23

E ele reclama!

Aqui em casa tem três arranhadores. Um fica perto da janela, e o Spitfire sobe em cima pra espiar a rua. Outro fica perto da porta, onde ele se espreguiça quando chegamos em casa. E outro, pequenininho, que ele tem desde que o adotamos - e tá só o bagaço.

Mas os outros dois também já estavam entregando os pontos. O da janela tava tão gasto que o Pitt já tava arranhando o papelão do cano que fica por baixo do sisal. Então resolvi fazer um pequeno projetinho esse sábado: comprei sisal pra reformar os dois arranhadores grandes.

Dei uma "podada" nas cordas velhas, que estavam todas cabeludas e soltando fibra. Tirei as rebentadas. Limpei os canos. Botei um pouco de cola e fui enrolando o sisal novo, rodando, rodando, rodando ao redor do tubo... E ficou novinho. Se não fosse a cor de sisal diferente, ia parecer um arranhador novo.

Ficou lindo, acabou aquele espalhafato de corda no meio da sala. Só teve uma pessoa q não gostou: o Pitt.

Quando mostrei pra ele, depois q tava pronto e sequinho, ele olhou pro arranhador, olhou pra mim, olhou pro arranhador de novo, olhou pra mim, e MIAAAAUUU!! Deu aquele gritão reclamão e foi-se embora da sala. Indignado. Não sei se ele sente o cheiro da cola, ou se não parece mais com o arranhador dele. Só sei que ficou emburradaço.Tão emburrado que quando fui pro quarto, ele tinha feito um COCÔ no tapete do lado da cama. Bem na mira pra eu pisar quando me levantasse. Pode, isso?

Agora ele acalmou, mas ainda não chegou perto do arranhador novo. Estou na esperança q amanhã o cheiro vai ter saído, ou talvez ele tenha esquecido a raiva. Vou ver se coloco alguma coisa q tenha o cheirinho dele em cima do arranhador, pra ver se ajuda. Mas tipo uma toalha, não a bomba de fedor q ele largou no meu tapete.

16.3.23

O menino super-esforçado

Gente, eu realmente adoro Fórmula 1. Assisto às corridas, Dirigir pra Viver, vídeos aleatórios na internet. Então quando saiu a nova abertura, com todos os pilotos, corri pra ver.

Alguns estão muito bem, alguns estão com a cara esquisiiitaaa (*cof cof Verstappen?*). Agora, me digam se não parece que o menino Russel foi avisado da filmagem e disse "É hoje que eu arraso, vou mandar muito bem nesse negócio"?

Se o Youtube não estiver permitindo a visualização aqui no blog, esse é o link pro vídeo.

20.1.23

Livros de 2022

Como todos os anos, temos também a listinha de livros, que segue recuperando seu ritmo saudável.

1 - O Crânio sob a Pele, de P.D. James
2 - Garota com Brinco de Pérola, de Tracy Chevalier
3 - A Dama e o Unicórnio, de Tracy Chevalier
4 - Poirot Investiga, de Agatha Christie
5 - O Rei de Amarelo, de Robert W. Chambers
6 - Pequenas Grandes Mentiras, de Liane Moriarty
7 - A Menina que Roubava Livros, de Marcus Zusak
8 - O Segredo de Chimneys, de Agatha Christie
9 - Jovem, Desgraçada e Bela, de Gareth Russel
10 - A Governanta e o Professor, de Yoko Ogawa
11 - Os Sobreviventes, de Jane Harper
12 - O Cirurgião de Crowthorne, de Simon Winchester
13 - Arsene Lupin 813, de Maurice Leblanc
14 - Ele Simplesmente não está a fim de Você, de Liz Trucillo e Greg Behrendt
15 - A Morte do Alquimista, de Mary Lawrence

Garota com brinco de pérola é excelente, tanto que deu origem ao filme com Colin Firth e Scarlett Johansson. Pra fãs de história da arte, é uma delícia imaginar o que acontecia na casa de Vermeer. O outro livro da Tracy Chevalier, sobre as tapeçarias de unicórnio (hoje expostas no museu Cluny, em Paris), também é excelente. Mais cru, bem menos doce, mas também muito bom.
A Menina que roubava Livros é um clássico. Dolorido, como a maioria dos livro0s sobre a 2a Guerra Mundial. A Governanta e o Professor também é muito bonito, na mesma vibe filosófica, mas bem menos triste. Se passa no Japão, e conta a história de uma empregada na casa de um ex-professor de matemática com problemas de memória: ele só se lembra das últimas 24h.
Já tenho pelo menos três outros livros começados no embalo pra 2023, então a lista desse ano deve começar loguinho. :)